A CADERNETA DE ENDEREÇOS VERMELHA é um romance poderoso, apaixonante e best-seller em 40 países. Doris é uma senhora que vive sozinha em seu apartamento em Estocolmo e tem apenas a companhia de Jenny, uma sobrinha-neta que mora nos Estados Unidos, com quem faz chamadas de vídeo semanais que lhe dão muita alegria. Doris carrega uma caderneta de endereços que ganhou do pai ainda menina e guarda nela os dados de todas as pessoas que conheceu e amou ao longo da vida. Ali ela também registra diversas histórias de seu passado e passa a dividi-las com Jenny para, quem sabe, ajudá-la a superar uma infância difícil. Suas histórias se confundem com os principais acontecimentos do século XX e fazem com que Doris se recorde do homem que foi o grande amor de sua vida e parece estar perdido para sempre. O que ela não espera, entretanto, é que o momento mais importante de sua vida ainda está por vir.

A CADERNETA DE ENDEREÇOS VERMELHA é um romance poderoso e apaixonante sobre as surpresas que a vida nos reserva e também sobre o poder das histórias que carregamos e a importância de transmiti-las para as próximas gerações. Essa não vai ser uma resenha normal, então se preparem.

Eu queria ter palavras que especificassem o quanto esse livro se tornou importante para mim. Chego a considerar o melhor livro que já li em todos os meus anos como leitora. Quando pedi esse livro para resenha, fiquei com medo de não conseguir o ler, já que não é muito meu gênero, mas, definitivamente, estou apaixonada por ele. A autora colocou tanto amor, tanto sentimento, tanto tudo em suas palavras, que eu realmente não sei nem como dizer algo que chegue à altura de elogios para este livro.

A história de Doris é um mergulho em diversas vidas que inspiraram a autora com toda certeza, é simplesmente impossível ler e não pensar em alguém passando por tudo que ela passou, já que é evidente a dor de um ser humano em meio aos capítulos. Senti como se estivesse lendo uma quase biografia, vi tanta veracidade em cada ponto, em cada espaço, que simplesmente não consegui parar de ler até terminar, e nos poucos momentos que parei, não conseguia deixar de pensar na história.

A CADERNETA DE ENDEREÇOS VERMELHA é contada em dois tempos, o primeiro com Doris aos 96 anos de idade, e o segundo em sua jornada para chegar onde chegou. Devo dizer que ela foi muito corajosa, e que é de se imaginar cada pequeno passo que ela deu, foram grandes demais para alguém tão jovem quanto ela era.

O ponto central de A CADERNETA DE ENDEREÇOS VERMELHA não é só suas memórias, o ponto central do livro, foram o quanto as experiências de Doris a assombraram por anos, seus desejos de ter feito mais depois que viu o tempo passando, não foi como uma lição, foi mais como um conselho.

Após ter terminado a leitura, em meio a lágrimas, porque, sim, eu chorei muito, simplesmente desabei ali e senti como se Doris fosse real e não uma personagem do livro. Esse livro não é romance, não é terror, não é comédia, mas ao mesmo tempo é tudo. Não sei explicar as sensações que tive na leitura, mas é um livro que aquece a alma. É um livro perfeito, que mostra outros pontos de vista da vida.

Sinto como se tudo tivesse um significado diferente após terminá-lo e eu acredito que essa deva ser a sensação que deve se ter toda vez que um livro muda seu pensamento. É um livro para se amar. Para se reconhecer, para pensar e repensar. Para sentir. É uma leitura que considero obrigatória a todos os leitores a partir de hoje. Não há como não gostar. Sinceramente, se eu pudesse dar nota infinita a esse livro, eu daria, mas como não pode, são 5 estrelas.

Quem lê minhas resenhas sabe que eu sou bastante enjoada e difícil de dar uma nota máxima para os livros, sempre tem alguns erros, mas esse não tem. Quem tiver a oportunidade de ler, de comprar, de pedir de presente, de implorar para alguém que dê, leia-o.


AUTORA: Sofia LUNDBERG
TRADUÇÃO: Cláudia CARINA
EDITORA: Globo
PUBLICAÇÃO: 2020
PÁGINAS: 296


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