O Guayrá foi uma efêmera província colonial espanhola instalada onde hoje fica o estado do Paraná. Enquanto a coroa espanhola tentava ocupar o território criando algumas cidades, os jesuítas tratavam de criar vilarejos onde reuniam e catequizavam os índios guaranis, numa espécia de experiência socialista primitiva.
A presença espanhola ali foi destruída em pouco tempo sob os ataques dos Bandeirantes de São Paulo, quando o território se tornou português e ficou praticamente abandonado e vazio por três séculos.
Nesse livro temos uma história que se passa no final do século 20. O autor cria um universo hipotético que mostra como poderia ter sido aquela província espanhola caso ela houvesse sobrevivido e se desenvolvido. É nesse cenário que aparece Nuno, um rapaz que vive há anos em Portugal, mas que nasceu no Guayrá. Em um momento de falta de rumos e má sorte no amor, consegue, por acaso, retornar à sua terra natal para uma breve visita. Porém, essa viagem começa a se arrastar indefinidamente.
Enquanto Nuno tenta se safar dos sucessivos entraves, vai conhecendo melhor a terra e seus habitantes, envolvendo-se cada vez mais com tudo o e com todos, namorandoa tragédia.
O autor, Jorge Marques Dias, nasceu em Borrazópolis, em 22 de março de 1962. Filho de um casal de imigrantes portugueses que se estabeleceu no norte do estado do Paraná, em pleno auge do ciclo do café, dedicando-se ao comércio de gêneros alimentícios. A paisagem rural exuberante, o ambiente repleto de pessoas de origem étnica diversificada e a educação tradicional portuguesa instigaram seu desejo de escrever e descrever o que via, ao mesmo tempo que sua imaginação fértil unia a realidade à fantasia. Em 2005 consegue a terceira posição no Concurso Nacional de Contos Newton Sampaio (Categoria Paraná). Já no ano de 2006, edita seu primeiro romance, Asas de Vidro, através da Editora Sesquicentenário, da Imprensa Oficial do Paraná. Além do romance, o autor tem ainda se dedicado ao conto, à poesia e aos livros de viagem.
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