
O novo terror da Warner, que se passa no mesmo universo dos filmes INVOCAÇÃO DO MAL e ANNABELLE, vai acompanhar um mito mexicano que nos conta a maldição da chorona. A maldição envolve uma mulher que, num distante passado, matou os próprios filhos num surto, como forma de vingança para com seu marido, que lhe traiu com outra mulher mais jovem. Como castigo, ela foi amaldiçoada a nunca parar de chorar e a caçar filhos pequenos de outras famílias para matar da mesma forma que matou seus próprios pequenos.
E a trama é literalmente só isso mesmo, o roteiro parece não ter capacidade de sustentar um longa-metragem e, na base, tudo parece um episódio descartado da série de tv, SUPERNATURAL. O filme apresenta a família, explica como a maldição funciona e para por aí. Tudo isso acontece em menos de quarenta minutos e o resto da produção é toda voltada para a perseguição da chorona com suas vítimas. As subtramas são vazias, não se sustentam, e elas são tão rasas que exemplificam com perfeição o quão básico e insosso é o roteiro deste filme. E para deixar tudo ainda pior, o roteiro tenta desesperadamente inserir um humor na trama, ele não flui e só serve para uma coleção de diálogos toscos.
A direção é um vexame à parte. A cartilha básica para construir um filme de terror vazio e ultrapassado, consiste em: sustos escorados em imagens perturbadoras, casadas com uma melodia sinistra no último volume. Personagens burros que ouvem barulhos e vão atrás para descobrir o que é, mesmo que esteja tudo escuro e mesmo que eles não tenham nenhum tipo de arma. Também precisa ter um pequeno trauma na família para reforçar o qual fragilizada ela é, e por último, também é necessário ter alguém que possa ajudar as vítimas com ideias mirabolantes. E não podemos esquecer, é claro, de filmar tudo isso numa casa toda escura e usar bastante a técnica da câmera tremida.
Linda Cardellini estrela a produção, e você, com certeza, lembrará dela no papel de Velma, nos filmes do Scooby-doo, aqueles lá do início dos anos 2000. A atriz se esforça muito para construir uma personagem amedrontada, que busca coragem em todos os lugares possíveis para poder proteger seus filhos. Mas o roteiro prejudica muito a mesma, que, no final, só consegue ficar gritando assustada enquanto leva uma surra da chorona. Raymond Cruz vive o cara que vai ajudar a todos, o personagem dele é okay e o ator convence ao viver um tipo de curandeiro conhecedor da maldição. As crianças que estão presentes no elenco, são bem fraquinhas e só servem para gritar e chorar, o filme nem tenta desenvolver um pouco a personalidade dos pequenos. Eles só servem para serem caçados, o roteiro está nem aí para elas, as crianças são bem ruinzinhas no quesito atuação.
O que temos no final é uma coleção de sustos medíocres, numa trama extremamente rasa. O filme joga no lixo a oportunidade de explorar a rica cultura mexicana e todas as maravilhas assustadoras que ela pode nos oferecer. Não assusta, não entretêm, não impressiona e não faz o nosso tempo gasto valer a pena. Um desastre cinematográfico, daqueles que ao encerrar a sessão só vem essa frase clássica na sua cabeça: era melhor ter ido assistir ao filme do Pelé.
AVALIAÇAO:
DIREÇAO: Michael CHAVES
DISTRIBUIÇAO: Warner
DURAÇAO: 1 hora e 33 minutos
ELENCO: Linda CARDELLINI, Raymond CRUZ e Marisol RAMIREZ
Linda meu amor, como você foi cair nessa?
Vi o trailer e ao invés de medo senti pena dos atores além de chorar de rir
Realmente a coisa é bem feia aqui, talvez dê para passar o tempo vendo isso, mas comigo foi uma tortura.
Mesmo eu sendo muito “oh” com filmes de terror, acabo assistindo todos, quase sem exceções. Sou medrosa assumida,mas este novo filme só consegue no máximo, não fazer nada.
Vi ele assim logo no início do lançamento e só não vou dizer que me arrependi, pois? Filme visto é filme visto e não dá para desver..rs
Roteiro fraco, personagens que não cativam, perseguições bobinhas e sustos nada assustadores!
Não se fazem mais filmes de terror como antigamente!
Beijo
O terror hoje em dia tem apresentado uns títulos bem interessantes, como A Bruxa, Corra! e Hereditário, mas todos esses são do cinema independente. Realmente quando se fala dos grandes estúdios, os filmes de terror estão bem fraquinhos, esse aqui mesmo é um ótimo exemplo, fraco do inicio ao fim. Zero inspiração
É triste ver que a cultura mexicana não foi tão bem explorada no filme, até por quê poderia ter dado uma diferença gigantesca pra ele. Já não pretendia assistir por ser medrosa, agora reforço a ideia mas por não querer perder tempo com esse filme.
A cultura mexicana é tão linda né, poderiam ter aproveitado como a disney fez em Viva – A Vida é uma Festa.
RAFAEL!
Mais um horror trash do que um genuíno filme para aterrorizar…
Acho triste, porque faz muito tempo que não vejo um filme fiel ao estilo, bom do início ao final, onde podemos sentir aquele arrepio subindo pela coluna…
cheiirnhos
Rudy
Realmente, um terror bom do inicio ao fim, ta raro mesmo, bastante tempo que não vejo um lançamento com essas características.
Oi, Rafael
Pelo trailer penso que o filme até poderia ser bom, mas uma pena como você disse que não explorou a cultura mexicana como devia.
Não curto tanto terror assim, mas nem quero assistir.
Beijos