Em uma cidadezinha costeira do estado americano do Maine, Evvie Drake raramente sai de sua casa enorme e vazia, mesmo um ano após a morte do marido. Todos na cidade, inclusive Andy, seu melhor amigo, acreditam que ela fica trancada ali porque ainda está em processo de luto — e Evvie certamente não faz nada para mudar essa impressão. Já em Nova York, Dean, ex-arremessador profissional e amigo de infância de Andy, vive o pior pesadelo de um atleta em sua posição: não consegue mais arremessar e, o pior de tudo, não faz ideia do motivo. Enquanto a imprensa trata de cobrir seu fracasso com uma insistência voraz, o convite de Andy para que passe um tempo no Maine parece a oportunidade perfeita para recomeçar.

Quando Dean se muda para o apartamento anexo à casa de Evvie, os dois fazem um acordo: ele não fará perguntas sobre o ex-marido dela, e ela não vai perguntar sobre a carreira dele no beisebol. Mas na vida, como no esporte, tudo pode mudar, até o último segundo. E assim tem início uma inesperada amizade… com potencial de se tornar algo mais.

O difícil de se colocar expectativa em livros, é que a realidade nunca chega nem perto, e a gente sempre cai do cavalo. Quando li a sinopse de NÃO É ERRADO SER FELIZ, surtei. Queria muito ler, pois achei que seria um dos meus livros favoritos, e adivinhem só? Tãtãtãtã… não foi bom pra mim.

Primeiro de tudo, a escrita não é ruim, nem os personagens, o problema mesmo foi a passagem de tempo e as cenas sexuais, que de sexuais não tinham nada. Pela sinopse achei que ia ser um livro erótico, colocou jogador de qualquer coisa, já penso em “deve ter +18!“. E não teve *risos*.

Evve passa por um relacionamento abusivo conturbado com seu falecido marido. Tim era um dos piores tipos de pessoas, pois não abusava fisicamente da esposa, mas sim psicologicamente. Evve tinha alguns ataques durante a noite e sonhos depois da morte do marido e não falava com ninguém sobre isso, nem mesmo seu melhor amigo, Andy.

Vem sendo mostrado muito isso em livros atuais, entretanto não vi a autora trazendo isso com respeito. Na verdade, senti que ela apenas jogou isso e colocou a Evve como culpada o tempo todo, e não vi muito de insistir que ela não era culpada, mas esse é apenas meu ponto de vista, por favor, se você leu, comente comigo, quem sabe eu veja outro lado.

Andy aparece um pouco na história, mas, sinceramente, não senti conexão com o personagem, ele me pareceu ser dispensável.

Dean, o jogador de baseball que não consegue mais jogar, ele é um pouco intimidante e fica provocando Evve pra falar sobre as coisas como se fosse o dono da razão. Não vi respeito do lado dele em relação a ela falar sobre o casamento, ele simplesmente a fazia falar em seus momentos frágeis e evitava o máximo falar da parte dele. Na verdade, o casal não teve química nenhuma, as brincadeiras deles eram sem graça, acho que Evve tinha mais química com o próprio Andy do que com Dean, foi um relacionamento muito forçado.

A passagem de tempo no livro é muito rápida, em um capítulo é Ação de Graças, no próximo é Natal. Então você não tem o momento em que os personagens se apaixonam, você não vê essa construção e isso me deixou frustrada, mais até do que das cenas +18.

Esse livro tinha muito potencial, muito mesmo, mas infelizmente ficou um meia boca, com o final correndo e a atitude do casal em aberto. Claramente um livro que não me agradou tanto, mas tem seus pontos bons, a autora tem uma escrita fluida, então qualquer pessoa consegue ler rápido, seus capítulos são curtos, é algo que eu prezo muito nas minhas leituras, capítulos grandes me incomodam demais, e ela tem esses elementos ao seu favor.

Eu, sinceramente, espero que tenham leitores que gostem, porque infelizmente eu não consegui.


AUTORA: Linda HOLMES
TRADUÇÃO: Marina VARGAS
EDITORA: Intrínseca
PUBLICAÇÃO: 304
PÁGINAS: 2020


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