A mais nova adição de catálogo do Prime Vídeo se chama FÚRIA INCONTROLÁVEL e traz o astro de grandes épicos, como GLADIADOR, Russel Crowe, num papel bem inusitado. Todo mundo sabe que o trânsito pode ser um inferno na vida das pessoas e as pessoas que o enfrentam quase sempre ficam com os nervos a flor da pele. Então o que acontece quando um indivíduo qualquer, que está em um dia ruim, cruza com um psicopata? Chega mais que eu te conto!
A trama é muito simples, acompanha Rachel que está correndo contra o tempo para poder chegar no horário em seus compromissos, deixar o seu filho na escola e seguir para o trabalho. O trânsito nesse dia está caótico e parece que nada vai dar certo. As coisas começam a piorar quando Rachel arruma um pequeno desentendimento com o homem que está no carro da frente, o mesmo estava parado e não seguia viagem, atrapalhando ainda mais o trânsito que já estava ruim. O estranho não aceita ter tido a atenção chamada e começa a perseguir Rachel para todos os lados, prometendo para a mesma que agora ela vai descobrir o verdadeiro significado do que é ter um dia ruim.
O que temos aqui é aquela típica trama de gato e rato, uma perseguição frenética que só pode, e vai, terminar em caos. Temos uma jovem que está no meio de um divórcio, cria um filho sozinha e que acabou de ser demitida do seu emprego graças a seus vários atrasos, devido ao trânsito que sempre está horrível na cidade onde ela mora. E num dia comum, ela xinga um homem estranho e sua vida vira um inferno. Não temos uma perseguição normal, o psicopata inicia um jogo com Rachel, a mesma precisa dizer nomes para ele, nomes de alguém para ele matar, em troca do mesmo não matar o filho de Rachel. Esse esquema se inicia muito rapidamente e de maneira porca, o espectador não consegue engolir tamanha burrice, numa trama que poderia ter sido resolvida facilmente chamando as autoridades.
E sobre o psicopata, o roteiro não vê necessidade de explicar suas motivações ou seu histórico. Claro que isso não é obrigatório, mas o filme flerta com isso ao se iniciar numa sequência onde mostra o homem sendo um psicopata com outras pessoas previamente. Então pra quê eu vou começar falando que esse homem é louco e violento, mas não vou nem tentar explicar a origem desse ódio? O psicopata é quase um super-homem, pode apanhar, ser atropelado, machucado e quase morto, mas em seguida volta como se nada tivesse acontecido, igual a um videogame, ele recarrega suas energias e está pronto pra outra.
Russel Crowe estrela a produção e seu nome é que faz o publico querer assistir esse filme, que sem a presença da estrela, seria apenas mais um filmeco de ação genérico para passar repetidamente em qualquer canal medíocre de TV. Ele vive o vilão, um psicopata violento, impulsivo e amedrontador. O ator faz o possível, mas o roteiro lhe oferece diálogos horríveis, e quando ele tenta desenvolver uma persona aterrorizante, o espectador precisa até fazer forças para não cair no riso. A grande vítima do filme é vivida pela atriz Caren Pistorius e ela não tem carisma, não que isso seja necessário num filme como esse, mas seu desempenho é bem apático e sua personagem é muito chata e burra, de novo graças a um roteiro que parece focado em fazer os atores pagarem mico.
A produção tem muitos problemas e de fato não é muito boa, apesar de tratar de um assunto super relevante, que é a convivência no trânsito e suas brigas. É algo que sempre passa nos jornais, acidentes e etc. Seria interessante trabalhar na pauta de que a gente não sabe como um estranho vai reagir quando atacamos o mesmo com palavras, mesmo a gente estando certo. Mas o filme decide seguir um rumo mais imaginativo e deixa de lado a trama pé no chão. Potencial jogado fora, mas ainda assim é um filme que vale a pena, tem seus momentos tensos e é um bom entretenimento nessa época onde quase não se tem novidades. Tem menos de uma hora e vinte de duração e é um daqueles projetos para se assistir com amigos e família, de preferência zoando bastante e gritando nas cenas tensas. Vale uma espiadinha.
DIREÇÃO: Derrick BORTE
DISTRIBUIÇÃO: Prime Vídeo
DURAÇÃO: 1 hora e 30 minutos
ELENCO: Russell CROWE, Caren PISTORIUS
Então. Eu até entendi isso da violência no trânsito e achei até “legal” por conta disso.
Mas se resumiu a isso. Violência gratuita e sem motivação(como se houvesse alguma justificativa para violência) mas sei lá.
Ver um filme nessa época que estamos vivendo pura e simplesmente para ver um homem perseguir desvairado uma mulher e todo mundo que ele encontra pelo caminho?
Sei não rs
Eu vi. Não me arrependi. Mas não acho um filme bom.
Beijo