Novembro chegou e com ele veio a terceira e última parte da trilogia INFERNO DE GRABRIEL, que adaptou o primeiro livro dessa franquia em nada mais, nada menos que três filmes diferentes. Pois é, foram três filmes para adaptar apenas um livro que tem menos de seiscentas páginas, falo essa informação toda a hora porque até hoje ainda fico chocado com esse estilo de adaptação. O final veio, mas os problemas continuaram, bora lá debater mais sobre isso.
Na trama, nós temos Julia, uma aluna que acaba se apaixonando pelo seu professor. O relacionamento é complicado, eles já passaram um pela vida do outro no passado, mas essa lembrança acabou se perdendo com o tempo e agora realmente parece que eles são estranhos e precisam se conhecer mais uma vez. Na primeira e segunda parte, tivemos o fortalecimento desse romance que tem tudo pra dar errado, já que um professor não pode sair com uma aluna. Some a isso o fato de que o professor, galã, rico e misterioso, é temperamental e carrega muitos demônios em seu passado. Tais demônios que farão de tudo para destruir esse casal e destruir a vida de cada um deles. E mesmo com tudo isso para se preocupar, Julia ainda precisa lidar com o assédio de um ex namorado riquinho que está indo atrás dela para recuperar uma coisa e atormentar a jovem.
Infelizmente todos os problemas apresentados nos filmes anteriores voltam com força para esse novo capítulo. O roteiro segue inchado e sem personalidade. São três filmes, mas ambos são idênticos, não tiveram um cuidado na narrativa. De fato, foi filmado um filme gigante e, na hora da edição, transformaram esse amontoado de cenas repetitivas em três filmes igualmente ruins. A trama segue lenta, nada acontece e tudo se resume a centenas de cenas onde o casal conversa, briga, se pega ou se constrange. Nada de relevante acontece nessas quase duas horas e o plot central, que parecia ser o assédio do ex namorado da jovem, se resolve em pouquíssimos minutos e não tem peso algum na narrativa como um todo.
Digo e repito, dava para fazer tudo isso que eles fizeram em apenas um filme. A trama não é nem um pouco densa ou complexa, qualquer roteirista daria conta do recado. Porém, o objetivo dessa adaptação era ser o mais fiel o possível para quem leu o livro. Se eles chegaram ou não nesse objetivo, eu não sei, mas um filme deveria ser acessível e agradável para qualquer um, não só para uma parcela de pessoas. Dificilmente alguém que não leu o livro irá gostar desse estilo de três filmes gigantes para contar uma história super simples e sem reviravoltas.
Os protagonistas seguem fazendo o possível, mas é muito difícil entregar algo bom com um roteiro tão grande e exagerado. O casal ainda tem química, mas já ficou chato essas conversas intermináveis e essas picuinhas que eles aumentam para parecerem mais importantes do que realmente são. O filme segue sendo arrastado e monótono, particularmente esse terceiro volume exagerou no ritmo lento e terminar o filme é um teste de paciência. As cenas das cidades são bonitinhas, mas faltou uma trilha sonora para dar um gás, o projeto acaba sendo muito silencioso. Uma ótima pedida para quem tem insônia.
A cereja do bolo é deixada para o final, a cena em que finalmente o casal se une na paixão. A cena de sexo em si é muito exagerada em duração e extremamente apelativa. Coisa bem no nível de um soft porn, contendo é claro sexualização da mulher e a total preservação do homem. Uma das mais desagradáveis e exageradas cenas que eu já vi num romance. Mal filmada, apelativa e gratuita.
Em breve teremos a adaptação do segundo livro da série e que provavelmente também ganhará vários filmes, boa sorte para quem for continuar acompanhando.
DIREÇÃO: Tosca MUSK
DISTRIBUIÇÃO: PassionFlix
DURAÇÃO: 1 hora e 41 minutos
ELENCO: Giulio BERRUTI, Melanie ZANETTI
Para quem curte filmes adaptados de livros é uma excelente chance
Eu admito que só vi o primeiro filme e não sei se continuarei a ver. As críticas do segundo até que foram leves, mas dessa última parte? Só por Deus rs
E dá um desânimo de ficar em frente a tela da tv perdendo tempo.
Essa mania de enrolar, enrolar e entregar um roteiro meia boca não anda funcionando mais não.
Beijo
Rafael!
Pelo menos eles ficaram juntos, apesar de toda lenga lenga.
cheirinhos
Rudy
Eu amo assistir essa minissérie. Sou viciada nestes dois atores.