Um cientista americano, que havia criado a cura para a praga do século, o mal que transforma o amor em morte, é sequestrado no Brasil. Magrí e Chumbinho tentam reunir a turma secreta dos Karas para investigar esse crime tão tremendo para a humanidade. Mas Miguel, Calu e Crânio, por não querer disputar entre si o amor por Magrí, decidem terminar com os Karas. Para agravar a situação, o Doutor Q.I., o rei dos criminosos, foge da penitenciária de segurança máxima. Magrí, a única menina da turma, é quem afronta todos os riscos para desvendar essa trama!

Com o início da criação de projetos que pretendem levar a série de livros de OS KARAS para filmes, séries e videogames, resolvi começar a leitura das obras de Pedro Bandeira. Elas são apenas seis, publicadas na seguinte sequência:

A DROGA DA OBEDIÊNCIA (1984): No primeiro livro da série, os Karas, um grupo secreto de estudantes de um colégio, enfrentam um terrível criminoso que está testando uma droga que faz com que os jovens se tornem completamente obedientes;
PÂNTANO DE SANGUE (1987): Os Karas se envolvem em um mistério que os leva à cidade de Joinville, onde eles tentam desvendar assassinatos relacionados à produção de um filme.
ANJO DA MORTE (1998): Os Karas estão atrás de um serial killer que mata jovens atores de TV. Eles se envolvem em uma trama cheia de reviravoltas enquanto tentam impedir o próximo assassinato.
A DROGA DO AMOR (1994): O grupo de amigos enfrenta um dos maiores desafios: descobrir a cura para uma doença mortal e desvendar a conspiração por trás da ocultação desta cura, que está relacionada à chamada “Droga do Amor”.
DROGA DE AMERICANA! (1999): Este livro aborda temas como preconceito racial e social. Os Karas investigam um crime que parece estar relacionado à segregação e discriminação contra os habitantes do “Corta-Jaca”, uma favela fictícia.
A DROGA DA AMIZADE (2004): Neste livro, a trama se concentra em um novo personagem, Hiroshi, um estudante japonês que é transferido para o colégio dos Karas. Ele enfrenta o desafio de adaptação e o preconceito de alguns alunos.

Eu comecei fora de ordem, não me perguntem o motivo.

Como toda a obra mais antiga, e o primeiro livro foi publicado há quase 40 anos, é necessário contextualizar a história na época em que foi escrita. Os anos entre 1980 e 1990 no Brasil foram marcados por uma transição de uma ditadura para uma democracia, desafios econômicos e um ressurgimento dos movimentos sociais. Para os jovens, público alvo dos livros de Pedro Bandeira, foi um período de expressão cultural renovada, ativismo político e definição de uma nova identidade pós-ditadura.

Os jovens presenciaram momentos decisivos, como o final da Ditadura Militar, que começou em 1964; a morte de um presidente eleito,Tancredo Neves, em 1985; a promulgação de uma nova Constituição, que é frequentemente chamada de “Constituição Cidadã”, que estabeleceu importantes direitos civis, políticos e sociais, representando um rompimento significativo com o período autoritário anterior; uma estagnação econômica e uma hiperinflação, que culminaram em vários planos econômicos que foram implementados na tentativa de estabilizar a economia; o ressurgimento de movimentos por direitos trabalhistas, direitos das mulheres, direitos indígenas e o movimento negro, entre outros eventos importantes onde os jovens estavam na vanguarda.

Nessas duas décadas, a representatividade de grupos minoritários, como negros e LGBTQ+, era bastante limitada na mídia, ainda sequer existia a Internet e Redes Sociais. A televisão muitas vezes retratava estereótipos ou simplesmente não incluía determinados grupos em suas narrativas e, por causa disso, as artes (música, teatro, literatura) tornaram-se espaços onde minorias poderiam expressar suas identidades e desafios.

O movimento LGBT começou a ganhar força no Brasil durante a década de 1980. Embora ainda enfrentasse uma forte resistência e preconceito, começou a haver uma conscientização maior sobre direitos e aceitação. O primeiro desfile do orgulho LGBTQ+ em São Paulo, que hoje é um dos maiores do mundo, ocorreu em 1997. E esse período foi marcado pela epidemia de AIDS, que afetou desproporcionalmente a comunidade gay. A doença, inicialmente mal compreendida, levou a um aumento da estigmatização e homofobia. Contudo, também resultou em uma mobilização sem precedentes na comunidade LGBTQ+, levando a uma maior visibilidade e defesa dos direitos.

Tendo isso em mente é possível compreender o motivo dos cinco personagens principais da série, conforme são descritos, parecem ser todos brancos; Magrí é a única garota do grupo, e, enquanto ela é retratada como forte, inteligente e fundamental para o grupo, a dinâmica ainda é fortemente inclinada para o masculino e com uma certa objetificação de seus atributos físicos; a falta de abordagem de questões de orientação sexual, deficiência, ou origem socioeconômica de forma profunda.As normas literárias e culturais dessa época eram diferentes. O foco na diversidade e representação não era tão pronunciado quanto é hoje. Isso não desculpa a falta de representatividade e inclusão, mas ajuda a entender por que certas escolhas foram feitas. É sempre benéfico revisitar obras clássicas com um olhar crítico e considerar como elas se encaixam (ou não) em nossas compreensões atuais. Essa reflexão pode nos ajudar a apreciar o que a obra oferece enquanto também reconhecemos suas limitações.

Entretanto, dentro desse contexto, também é importante referenciar que durante os anos de chumbo da ditadura, muitos temas eram tabus, e a censura era rigorosa. Com a abertura política e a volta à democracia, os escritores começaram a explorar temas que antes eram evitados ou tratados de maneira superficial. A série Os Karas, por exemplo, toca em temas como drogas, corrupção e injustiça, refletindo algumas das preocupações da sociedade brasileira na época.

Antes dos anos 1980, a literatura infantojuvenil no Brasil era, muitas vezes, moralista e didática. Com autores como Pedro Bandeira, essa tendência começou a mudar. Os livros passaram a retratar os jovens como indivíduos ativos, curiosos e capazes de enfrentar desafios. Os Karas representam essa nova geração de jovens: são autônomos, corajosos e têm um forte senso de justiça. Em uma época sem a vasta variedade de entretenimento digital de hoje, os livros ainda eram uma das principais formas de diversão para os jovens. A série Os Karas, com sua linguagem acessível, desempenhou um papel crucial em estimular o hábito da leitura entre os jovens brasileiros.

Mesmo assim, não há como negar que embora Bandeira seja elogiado por abordar temas sociais e questões complexas em seus livros, nem todos são diretos, alguns demonstram uma restrição que pode não ser compreendida mesmo para a época. Por exemplo, em A DROGA DO AMOR, o tema central do mistério é sobre o desaparecimento de um cientista que descobriu a cura para a doença que aflige a humanidade e atinge desde uma criança recém nascida até uma pessoa idosa e afeta o amor entre as pessoas. A doença não é nomeada diretamente, nem seu tratamento descrito, mas é insinuado que se trata da AIDS devido a várias referências e contextos. Quando o livro foi escrito, a AIDS era uma preocupação global significativa, havia muito medo e desinformação sobre a doença. Seria uma chance do autor informar os jovens leitores, ao invés de ficar apenas no subjetivo, que pode, inclusive, causar ainda mais confusão sobre o tema.

A DROGA DO AMOR é o quarto livro da série e reúne novamente os cinco amigos adolescentes em mais um mistério: Miguel, o líder do grupo devido à sua astúcia, coragem e capacidade de criar planos estratégicos; Crânio é o cérebro do grupo, ele é muito inteligente e sempre tem informações úteis que ajudam a desvendar os mistérios; Calu é o artista do grupo, carismático, galã e tem habilidades teatrais, o que frequentemente é útil em missões de disfarce; Magrí é a única menina do grupo e é uma atleta ágil e forte, que desempenha um papel crucial na aventura; e o mais jovem deles, Chumbinho, o caçula, mas não menos importante, sempre esperto e audacioso, muitas vezes surpreende com sua capacidade de ação e pensamento rápido. A aventura se passa em São Paulo, e embora não esteja fortemente datado em termos de ambientação, a forma como os jovens interagem, as referências culturais e a tecnologia disponível refletem o período entre os anos de 1980 e 1990.

Além dos cinco jovens, outra presença constante é de Andrade, o delegado de polícia que tem uma relação próxima com Os Karas, ele aparece em várias obras da série. Ele confia nos jovens e, muitas vezes, trabalha em conjunto com eles, embora ocasionalmente se mostre cético quanto às teorias propostas pelo grupo. E também temos o vilão, que sem entrar em muitos detalhes para não dar spoilers, é alguém inesperado e tem motivações complexas.

Um detalhe que me surpreendeu, muito devido à narrativa bem ingênua e a diálogos infantis, é a complexidade do mistério e a maneira como o autor consegue manter o leitor na expectativa de quem é o culpado. Nada é óbvio, como seria de se esperar, pelo contrário. Há realmente um mistério que desafia a inteligência e a atenção de quem lê, e a solução do mistério não é nada simples, existem reviravoltas e surpresas.

Um exemplo sobre os detalhes dos enigmas da trama, é o código usado pelos jovens para se comunicarem em segredo. Ele consiste em inverter a ordem das letras das palavras. Assim, a palavra “AMIGO”, por exemplo, se tornaria “OGIMA”. Eles chamam essa técnica de “Língua do P”, porque a primeira vez que o código foi usado foi com a frase “O P está parado”, que ficou “O D está dadarap”. No entanto, para tornar a comunicação ainda mais segura, algumas vezes, eles também usam palavras-chave ou frases de contexto que só fazem sentido para os membros do grupo. A utilização desse código é recorrente nas histórias dos Karas e é uma das características que torna a série tão atraente para os jovens leitores: a ideia de um grupo de amigos que tem seus próprios segredos e métodos de comunicação, reforçando a lealdade e confiança entre eles.

Mais uma surpresa que tive na leitura se refere a um certo teor sexual em alguns trechos. Logo no início da história, há uma descrição de Magrí nua, examinando-se e comparando cada um dos três Karas mais velhos a bananas que ela tem em cima da mesa. Ela escolhe uma das bananas como sendo a do jovem que ela mais gosta e a descasca, como uma alusão ao despertar sexual e à curiosidade adolescente sobre a sexualidade. Após o ato, de maneira contínua, há uma sequência com Calu e uma pasta de dentes, onde ele espreme o tubo e “joga creme”, o que também pode ser interpretada como uma alusão, sugerindo uma ejaculação. Isso demonstra que, embora os livros da série sejam destinados ao público infantojuvenil e não sejam explicitamente eróticos, Pedro Bandeira não evita completamente a abordagem do despertar sexual adolescente. Ele aborda o tema de maneira sutil, usando metáforas e insinuações para representar as emoções e descobertas complexas dos personagens à medida que amadurecem.

A DROGA DO AMOR, ao combinar suspense e reflexão, aborda temas como ética, amizade e o despertar da sexualidade, refletindo desafios e dilemas vivenciados por jovens da época, e serve como uma janela para compreender a complexidade da adolescência em meio a um Brasil em transformação. E agora que já escrevi sobre o livro de Pedro Bandeira, você, leitor, tem contexto suficiente para que eu possa compartilhar minha análise do segundo livro deste texto, A MÁGICA MORTAL. E resolvi escrever apenas uma resenha comparando os dois livros, porque o autor Raphael Montes realçou sua inspiração nas obras de Pedro Bandeira para construir sua história.

Raphael Montes fez seu nome com publicações voltadas para o suspense e terror, como SUICIDAS, DIAS PERFEITOS, JANTAR SECRETO e UMA MULHER NO ESCURO, entre outros. Apesar do sucesso dessas obras, algumas são alvo de controvérsias e debates. DIAS PERFEITOS, por exemplo, conta a história de um psicopata que sequestra a mulher por quem se apaixona. O livro foi elogiado por sua prosa intensa e enredo envolvente, mas também criticado por algumas pessoas que consideraram a representação da violência e do relacionamento tóxico como problemática.

É um tema relevante e atual o modo como a literatura e a arte, de modo geral, retratam a violência, especialmente quando dirigida às mulheres. A preocupação de críticos e leitores quanto à forma que Raphael Montes aborda essas questões em suas obras não é infundada. A constante representação de mulheres como alvos de agressões ou abusos pode, inadvertidamente, atenuar a percepção sobre a seriedade destes atos na vida real e, até mesmo, perpetuar uma mentalidade permissiva em relação à violência de gênero.

A “estilização” da violência é outra preocupação. Quando o abuso ou a violência são descritos de forma quase glamourizada, tornando-se elementos atraentes ou excitantes na narrativa, há um risco de distorção da realidade dos atos violentos. Essa abordagem é ainda mais preocupante quando essas situações são encaixadas no contexto de um “romance apaixonado”, podendo gerar interpretações equivocadas do que constitui uma relação saudável e consensual.

A perspectiva sob a qual a história é contada também tem seu peso. Narrativas que privilegiam o ponto de vista do agressor ou de observadores externos podem, involuntariamente, silenciar ou relegar ao segundo plano a voz e o sofrimento da vítima. DIAS PERFEITOS e BOM DIA, VERÔNICA são exemplos citados de obras onde tais questões podem ser observadas.

O debate em torno da arte frequentemente oscila entre a responsabilidade social do artista e sua liberdade de expressão. Enquanto uma parcela argumenta que os criadores devem ter plena liberdade para abordar temas, mesmo que estes sejam sombrios ou polêmicos, há quem defenda que eles necessitam ter uma consciência mais aguçada acerca do impacto social que suas criações podem ter. No tocante a Raphael Montes, a polêmica frequentemente reside na seguinte questão: suas representações são reflexões críticas e bem fundamentadas acerca dos temas que aborda, ou acabam por perpetuar estereótipos e normalizar comportamentos danosos principalmente contra mulheres?

A MÁGICA MORTAL representa a estreia do autor no universo infantojuvenil. Para quem está familiarizado com as polêmicas e o estilo do autor, surge uma natural inquietação sobre as mensagens, diretas ou subtis, que ele pode transmitir na obra. A trama segue o jovem Pedro, que, após a chocante morte de seu melhor amigo nas mãos de um mágico aterrorizante, está determinado a identificar o culpado. Ele une forças com seus colegas de escola – Pipa, Analu e Miloca – formando o Esquadrão Zero, com o objetivo de solucionar o mistério. Não tarda para que o criminoso continue sua série de ataques, usando sempre truques de mágica famosos como modus operandi. Nesta corrida contra o relógio, os quatro detetives mirins se lançam em uma aventura pela cidade, onde cruzarão caminhos com ilusionistas peculiares, livros repletos de eletricidade e um majestoso castelo.

O autor expressa abertamente sua admiração por Pedro Bandeira, que serviu de inspiração para escrever A MÁGICA MORTAL. Inclusive, o próprio Pedro Bandeira contribuiu com uma introdução nas primeiras páginas da obra. Sabendo dessa conexão, decidi ler ambos os livros em sequência para estabelecer uma comparação. Raphael Montes mantém uma atmosfera ingênua e típica dos livros de quatro décadas atrás, porém atualizada para o nosso contexto e as novas tecnologias. Contudo destaco uma diferença marcante: enquanto Pedro Bandeira aborda o leitor jovem com respeito à sua inteligência, Raphael Montes dá a impressão de subestimar a capacidade dedutiva dos jovens de hoje. Através de uma pista que os jovens encontram, o autor deixa evidente, logo nas primeiras páginas, a identidade do assassino e suas razões. Ainda assim, a narrativa se desenvolve como se houvesse um grande mistério pendente e antecipa um clímax que deveria ser surpreendente, que acaba não se concretizando, visto que as informações essenciais já haviam sido apresentadas no início.

Outra questão problemática é a dinâmica do relacionamento de Pedro com uma personagem secundária, Stella. Ela é uma jovem atraente da escola por quem Pedro está apaixonado, mas ele não consegue expressar seus sentimentos, especialmente diante da possibilidade dela estar envolvida com outro garoto. Quando Stella se junta à investigação, Pedro, movido pelo ciúme e rejeição, age de maneira hostil: ele a trata mal, discute com os amigos e manifesta um comportamento tóxico e agressivo. O aspecto preocupante é que, ao invés de o autor explorar esse perfil de Pedro para transmitir uma lição ou reflexão, o personagem é abruptamente redimido sem uma justificativa plausível ou um pedido de desculpas apropriado e suas atitudes são esquecidas ou, pior, normalizadas. As personagens Miloca e Analu, irmãs gêmeas, e Pipa, o melhor amigo da turma, conseguem ser simpáticas. Eu senti mais vontade de saber deles, de acompanhar suas vidas e aventuras. Mas a construção de Pedro é tão agressiva que consegue ofuscar a simpatia natural dos outros personagens ao seu redor.

A literatura tem o poder de refletir, moldar e até mesmo influenciar a sociedade. Por essa razão, é vital abordar esse tema com sensibilidade e consciência. Especialmente quando consideramos o público jovem e impressionável, que pode encontrar nos livros não apenas entretenimento, mas também modelos de comportamento e perspectivas sobre relacionamentos. Quando escritores escolhem retratar personagens jovens com comportamentos tóxicos sem consequências ou reflexões críticas, corre-se o risco de sugerir implicitamente que tais comportamentos são aceitáveis ou até desejáveis. É essencial provocar uma reflexão no leitor sobre por que esse comportamento é prejudicial e como pode ser evitado ou transformado. E sem mencionar que tal comportamento é colocado em um personagem de 14 anos de idade. O que ele será quando chegar na fase adulta?

A MÁGICA MORTAL, apesar de poucas páginas e letras grandes, consegue apresentar um desenvolvimento notoriamente lento. A narrativa, que prometia uma viagem misteriosa, frequentemente se distrai com o desejo de Pedro se tornar um mágico e gasta páginas e mais páginas com situações que não levam a lugar algum e não contribuem para o desenvolvimento da trama. Os personagens, embora apresentem potencial inicial, permanecem estáticos, incapazes de evoluir ou surpreender o leitor. Com o passar das páginas, o objetivo inicial da história se dilui, e o leitor é frequentemente deixado com a sensação de estar caminhando em círculos, esperando uma reviravolta ou resolução que nunca chega.

Em um mundo acelerado, dominado por redes sociais e plataformas como o TikTok, a capacidade de reter a atenção dos jovens tornou-se um desafio. Hoje, a juventude está acostumada a consumir informações em pequenas doses, frequentemente em vídeos que duram menos de um minuto. O desafio para os autores não é apenas competir com outros livros, mas também com a vasta gama de estímulos digitais disponíveis ao toque de um dedo. Assim, a narrativa precisa não apenas capturar, mas manter o interesse, oferecendo uma experiência que seja ao mesmo tempo envolvente e significativa, incentivando os jovens a se aprofundarem em histórias mais longas e complexas. Embora nada disso existisse na época em que Pedro Bandeira escreveu seus primeiros livros, ele tinha consciência da importância de prender a atenção do jovem leitor. Por isso, em A DROGA DO AMOR, tem algo acontecendo a cada página, com capítulos curtíssimos, e ação constante. Essa preocupação não existe em A MÁGICA MORTAL, tornando-a uma aventura enfadonha e desinteressante.

Se você procura livros infanto juvenis para você ou seus filhos, com certeza indico as obras de Pedro Bandeira, entre outras semelhantes que pretendo resenhar aqui no blog. Infelizmente não faço a mesma indicação para A MÁGICA MORTAL.


AVALIAÇÃO A DROGA DO AMOR:
AVALIAÇÃO A MÁGICA MORTAL:


AUTORES: Pedro Bandeira, Raphael Montes
EDITORAS: Moderna e Seguinte
PUBLICAÇÃO: 2014 e 2023
PÁGINAS: 176 e 272