Nestha sempre foi difícil, geniosa e lenta para perdoar. Ter sido feita pelo Caldeirão não tornou sua personalidade mais doce. Mas poucos sabem que, por trás da fachada de força, Nestha carrega uma dor que a corrói: o arrependimento por não ter feito mais para ajudar a família quando seus entes caíram na pobreza e por não ter sido capaz de salvar o pai.
Grã-Senhora da Corte Noturna, Feyre tem muitos poderes. Mas parece que ajudar Nestha não é um deles. Toda tentativa de aproximação é rechaçada, e sua irmã se entrega ainda mais à bebida, ao jogo e ao sexo. Antes que a fêmea se perca de vez num turbilhão de orgias e culpa, os membros do Círculo Íntimo se unem em uma última tentativa de ajudá-la.
Cabe ao corajoso general Cassian, de origem humilde e coração nobre, a difícil missão de arrancar Nestha daquele comportamento destrutivo. E o macho talvez tenha um motivo oculto para colocar tudo de si naquela que promete ser a batalha mais dura que já travou.
Nestha não é uma doce donzela, mas uma fêmea forte, que vai lutar com garras e presas por cada centímetro de independência que conseguiu conquistar. Mas como mostrar à jovem que nem toda rendição representa uma derrota?
Como se não bastasse, a possibilidade de uma nova guerra desponta no horizonte. Assim como rumores sobre um antigo conjunto de artefatos mágicos, os Tesouros Nefastos: a Máscara, capaz de comandar os mortos; a Harpa, cuja música abre portas para qualquer lugar ou dimensão; e a Coroa, que confere a quem usa o poder de controlar a mente de qualquer um por perto.
Contra o pano de fundo arrebatador de um mundo devastado pela guerra e atormentado pela incerteza, Nestha e Cassian percebem que apenas juntos podem triunfar, e lutam contra monstros por dentro e por fora enquanto buscam aceitação – e cura – nos braços um do outro.
Confesso que não sou fã desse universo, dos personagens, e tenho enormes ressalvas sobre muita coisa. De qualquer forma, trabalho é trabalho, e vou me abstrair de qualquer opinião pessoal, subjetiva, e deixar para você que é fã, dizer se gostou ou não gostou da leitura.
Em termos técnicos, vale destacar o pouco destaque que os personagens secundários recebem. A trama é quase toda centrada em Nastha e Cassian. Bem como a tal guerra pouco aparece e quase nada se sabe. Neste volume, pelo menos, serve apenas como um adereço, algo que poderá surgir e ter alguma importância no futuro.
Entretanto é necessário escrever que Nastha começa como uma personagem irritante, mas evolui durante a narrativa, ganha força, peso, e consegue deixar evidente que existiu um planejamento de crescimento por parte da autora. O mesmo não pareceu acontecer com o restante da história. As páginas são preenchidas com brigas, discussões, o treinamento de Nastha por Cassian, quando ela aprende mais sobre seus poderes, além de muito sexo, muito descritivo, profundamente descritivo, com o perdão do trocadilho.
CORTE DE CHAMAS PRATEADAS, a meu ver, traz o mesmo conteúdo dos outros volumes desse universo. Muita magia, sexo, diálogos afiados, algumas surpresas, um pouco de conteúdo político, bem pouco, e abre caminho para os outros livros da série. Para o fã, acho que é perfeito. Se você leu os outros, não perca este.
AUTORA: Sarah J. MAAS
TRADUÇÃO: Mariana KOHNERT
EDITORA: Galera
PUBLICAÇÃO: 2021
PÁGINAS: 714
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Como eu não li nenhum dos livros da série, vivo em um misto de “quero muito ler, mas tenho medo de não gostar” e o box tá sempre fora da minha zona de dinheiro, que gira em torno de 2 ou 3 reais rs
Mas vi e li que os fãs da série amaram demais essa novo livro, aliás, um calhamaço né?
Quem sabe um dia, não comece a ler?
Beijo