Um universo de aventuras audaciosas em UM TOM MAIS ESCURO DE MAGIA. Kell é um dos últimos Viajantes — magos com uma habilidade rara e cobiçada de viajar entre universos paralelos, conectados por uma cidade mágica. Existe a Londres Cinza, a Londres Vermelha, a Londres Branca e… a Londres Negra. Mas ninguém mais fala sobre ela. Oficialmente, Kell é o Viajante Vermelho, embaixador do império Maresh, encarregado das correspondências mensais entre a realeza de cada Londres. Extraoficialmente, Kell é um contrabandista, atendendo pessoas dispostas a pagarem por mínimos vislumbres de um mundo que nunca verão. Fugindo para a Londres Cinza, ele esbarra com Delilah Bard, uma ladra com grandes aspirações. Primeiro ela o assalta, depois o salva de um inimigo mortal e finalmente o obriga a levá-la para outro mundo a fim de experimentar uma aventura de verdade.

Estou apaixonada por UM TOM MAIS ESCURO DE MAGIA e não sei nem por onde começar essa resenha. Sabe o livro que você começa com medo de ser chato por envolver um monte de nome confuso e palavras de magia, mas te surpreende? É este livro.

Quando comecei a ler, por ser um personagem masculino, o principal, fiquei pensando que provavelmente ele seria egocêntrico e me tiraria a paciência. Mas Kell, ah Kell, tão perfeito e nem é no sentido de sua aparência… Mas vamos lá falar um pouquinho dos nossos personagens principais, porque sim, são dois!

Kell é um Antari, um mago que atravessa mundos, e o que esses mundos tem em comum? A cidade de Londres no mesmo local em todos eles. Ele não é o mocinho, mas também não é o vilão, tem a língua afiada, mas sabe o que dizer não se tornando chato ou simplesmente grosseiro. Kell trata as Londres por cores. Existe a Londres Branca (onde a magia se recusa a fortalecer), a Vermelha onde Kell vive, a Cinza sem magia e a Negra, que ninguém sabe ao certo como está, já que sua passagem foi fechada.

Com o império da Londres Branca ruindo cada vez mais, e mais rápido, você conhece os gêmeos Athos e Astrid, que são os que “comandam” a magia mais poderosa e controlam Holland, o outro Antari. Lembrando que só existem Kell e Holland com esse tipo de poder (viajar entre mundos).

Pois bem, agora conhecemos Lila! Essa mulher incrível e impiedosa que sabe lutar, sabe o que quer, sabe como quer, e quando quer, e não desiste até chegar lá. Eu amei essa personagem com todas as minhas forças, ela conseguiu, sem magia alguma (ela veio da Londres cinza, a que a magia desapareceu), chutar todos os personagens “mais poderosos“, dar uma surra digna de Bruce Lee neles e ainda por cima teve a cara de pau de roubar o Kell! Não tem como não amar.

Acredito que os dois personagens separados não teriam tanto êxito em suas missões ou até mesmo em questão de cativar o leitor, mas juntos foram incríveis, e o melhor do livro todo, foi que eles não ficaram naquela lenga lenga de pegação enquanto o mundo tava acabando!

É um dos melhores livros de fantasia que já li (para quem leu as minhas resenhas sabe que eu sou chata demais pra gostar de algo), V. E. Schwab sabe como criar um universo onde tudo se encaixa. Já estou desejosa da continuação rs.

Não vejo restrição de idade pra UM TOM MAIS ESCURO DE MAGIA, tem umas mortes meio violentas, mas se a criança tá assistindo TV que tem morte a cada 2 minutos no jornal, por que ela não pode ler o livrinho, né? É o famoso livro pra presente. Qualquer um que tiver, vai adorar. Podem ir adicionando a listinha de desejos de vocês.


AUTORA: V. E. SCHWAB
TRADUÇÃO: Ana Carolina Delmas
EDITORA: Record
PUBLICAÇÃO: 2016
PÁGINAS: 420


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