Após Graham enviar, por engano, um e-mail para Ellie, falando sobre seu porco de estimação Wilbur, nasce uma inesperada amizade virtual. Ele é um astro de cinema, e ela, uma menina simples que faz o possível para passar despercebida, tentando esconder um escândalo do passado. Sem nem saber o nome um do outro, eles começam uma correspondência virtual, compartilhando segredos, esperanças e medos. Quando surge a oportunidade de Graham filmar seu próximo filme na pequena cidade de Ellie, o relacionamento ganha contornos reais.
Em A PROBABILIDADE ESTATÍSTICA DO AMOR À PRIMEIRA VISTA (resenha aqui), um outro livro de Jennifer E. Smith, eu não gostei da forma como a autora se preocupou demais em explicar o drama sentimental da personagem principal com o pai, sem um motivo coerente, de forma desinteressante, e deixou o romance em segundo plano. Por isso fiquei receoso com a leitura de SER FELIZ É ASSIM, mas logo nos primeiros capítulos, eu percebi que a história caminhava para longe de todos os problemas do livro anterior.
Novamente narrado em terceiro pessoa, desta vez conhecemos ambos os lados dos dramas pessoais que Graham e Ellie enfrentam em relação às suas famílias. A mãe de Ellie se apaixonou pelo homem errado: após ficar grávida, descobriu que ele tinha outra família e um futuro profissional que o impedia, em termos, de assumir seu papel de pai de Ellie. Isso é explicado mais para o meio livro e faz todo o sentido.
Já Graham enfrenta a solidão e a desconfiança das amizades que surgem de todos os lados, devido à sua fama como estrela de filmes juvenis de ação. Somado a isso, existe uma espécie de abandono dos pais, que nunca parecem sentir vontade de participar de sua vida. Ele sente a falta deles, mas não sabe como trazê-los para perto.
Em diversos momentos somos apresentados a acontecimentos passados que explicam a relação de Ellie e Graham com essas dificuldades, mas sem atrapalhar ou roubar os momentos que constroem o romance dos dois. São trechos curtos, colocados entre ações e nunca no meio delas, evitando a quebra de ritmo.
Não existe realmente muito a se dizer sobre a história em si. Ela gira ao redor das tentativas de Graham em convencer Ellie de que sua fama não vai impedir que eles possam se amar e ficarem juntos. Somando a isso, existe a solução do problema de cada um deles com os pais.
Pode parecer pouco para um livro com tantas páginas, mas não é. Assim, Smith tem o espaço necessário para escrever o que mais importa: as conversas entre Ellie e Graham, e a troca de e-mails, sempre muito curtos, mas carregados de emoção e dualidade. Explico: as mensagens são pequenas, mas o que não é dito nelas, apenas sugerido, força a imaginação do leitor a criar exatamente o que fica oculto. E quanto Ellie e Graham estão juntos, aquilo que o leitor imaginou é confirmado pelos dois.
Ellie e Graham formam um casal apaixonante, e é impossível não torcer para que fiquem juntos no final, independente dos desencontros que surgem pelo caminho. Os diálogos não são formados por frases cheias de significado, daquelas elaboradas, que perdem a credibilidade por não serem naturais, por parecerem pensadas demais, certinhas demais. Eles conversam sobre trivialidades, sobre seus sentimentos, desejos, medos, dificuldades, sonhos, etc., exatamente como qualquer casal apaixonado conversaria.
Talvez esse seja o motivo do livro ser tão fácil de ler. Tão adorável.
AUTORA: Jennifer E. SMITH
TRADUÇÃO: Daniela DIAS
EDITORA: Galera
PUBLICAÇÃO: 2014
PÁGINAS: 400
COMPRAR: Amazon
Não percebi na capa que era da Jennifer. Curti muito A Probabilidade, mesmo com as ressalvas que você mencionou.
Adorei essa ideia de se corresponder virtualmente, sem um conhecer o outro, clichê sim mas mesmo assim interessante.
Foi pra wishlist com certeza.
Faz resenha premiada Carl!!
Carl!
Interessante um livro que fala sobre o envolvimento de dois adolescentes através de emails, assunto bem atual que leva até a relacionamento mais profundos.
E achei importante abordar a questão do relacionamento com pais e a seriedade com que eles encaram e enfrentam seus problemas.
cheirinhos
Rudy
Puxa, engraçado que a gente lê a resenha e pensa que é um livro tão curtinho e no final é um baita livrão. Não apenas com uma história de amor doce e delicada, mas mostrando pouco a pouco tudo que ambos vão sentindo. Desde os medos, até as alegrias.
Um compartilhar que chega a afagar a alma.
E no mais, se há também os dramas familiares, melhor ainda!
Mesmo não conhecendo o trabalho da autora ainda, já quero muito poder conferir!
Beijo
Oi Carl
Quando vi a capa pensei que seria um livro de poucas páginas, mas ele tem 400.
Um livro que fala sobre relacionamentos familiar e amoroso, gostei da ideia dos personagens não se conhecerem pessoalmente e trocar mensagens.
Tudo o que é abordado na trama tem várias pessoas que passam por isso com os pais, encontrar amor pela internet .
O livro vai para a lista de desejos, beijos.
Nossa não conhecia essa obra da autora, mas me interessei muito! Com certeza vai para a minha lista de comprinhas para fevereiro hahaha.
Achei os temas abordados bem interessante, acho que irei gostar muito da obra.
Um beijo.
Olá!
Realmente é um livro bem grandinho, fico com preguiça em ler.
Por que não cai um Graham em minha vida, ein?! hahaha também quero, poxa…
Leitor raiz não pode ter preguiça de ler livro grandinho, ai, ai, ai…
Olá! Eu gostei bastante do primeiro trabalho da autora, por isso, assim que me deparei com esse livro (e essa capa), sabia que teria que ler. Bom saber que a história é daquelas que aquece nosso coração!
Olá!
O livro é interessante, uma ótima premissa. Já tinha conhecimento sobre o autor e tinha certa curiosidade sobre as obras. Essa tem uma trama bem envolvente e de uma forma de trata sobre os dramas familiares.
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