Para conseguir aproveitar a história de Charlie e Silas, um casal de adolescentes que perde a memória episódica a cada 48 horas, ou seja, de quem são, de seu passado individual, mas continuam com todas as outras memórias, como falar, usar celular, computador, etc., você deve usar bastante de sua suspensão de descrença. Isso porque a história não existiria se eles simplesmente procurassem um médico para realizarem exames, algo que qualquer pessoa com o mínimo de sensatez faria.
O que os dois fazem é exatamente o oposto: escondem a perda de memória de todos, como se fosse algo perigoso, e resolvem procurar pistas do que aconteceu em diários e cartas trocadas durante o namoro, sem qualquer ajuda. Realmente não faz sentido, mas a história parte dessa premissa e se desenvolve com questionamentos feitos pelo casal que seriam facilmente respondidos caso eles conversassem com alguém.
O que eles descobrem é que eram namorados, terminaram devido a traições, que os pais são inimigos, uma vez que o pai de Charlie foi preso devido a uma denúncia do pai de Silas, mas que mesmo assim Silas ama Charlie, e Charlie ama Silas, mas não quer ele por perto, porque acha que existem problemas demais entre os dois para serem felizes. Aí passa 48 horas e eles esquecem de tudo. Então, recomeçam as buscas novamente, através de pequenos recados escritos em papeis que eles vão deixando para eles mesmos.
Charlie é uma personagem complicada. Ela é chata, egoísta, temperamental, individualista, fria. Exatamente o oposto de Silas. No primeiro volume, eu pensei que fosse uma construção proposital das autoras. Mas no segundo volume, ela muda, demonstra alguma simpatia e uma grande fragilidade, principalmente por estar presa em um ambiente que não conhece, e sem memória de como ficou presa. Para no terceiro volume, ela virar alguém doce, amorosa, que aceita voltar a gostar de Silas. Ou seja, na verdade, as autoras não souberam criar uma personagem consistente, apenas foram jogando com a personalidade dela conforme escreviam os três livros.
Silas é carinhoso, romântico, companheiro. Ele se preocupa com Charlie, pensa nela em primeiro lugar, deseja descobrir que o sentia por ela, antes da perda de memória, era tão forte quanto o que ele começa a sentir depois da perda de memória. Ele se apaixona por ela de novo, enquanto Charlie tenta se afastar de todas as formas. Silas é um personagem construído para ser a mesma pessoa nos três volumes, com um cuidado que não é dado a Charlie. Isso só confirma o que Hoover faz nos seus outros livros, onde a autora se preocupa mais com seus personagens masculinos, do que com os femininos.
Apesar disso, o casal funciona bem em algumas partes. Devem ser as que foram escritas pela Tarryn Fisher. Ambos fizeram coisas para magoar um ao outro e sentem uma certa incredulidade por descobrirem que o que sentem foi maculado por más escolhas, intrigas e atos provocativos para machucar propositalmente.
A história do primeiro volume gira em torno da busca de respostas pelos dois personagens. Termina sem qualquer conclusão. O segundo volume apresenta algumas respostas sobre como o relacionamento deles chegou ao ponto em que chegou, além de surgirem alguns personagens que podem ajudar a esclarecer a perda da memória. Aí chega o terceiro volume e todos esses personagens são esquecidos, ignorados, jogados no lixo, sem qualquer explicação. Inclusive a briga dos pais deles é colocada de lado.
Esse terceiro volume é o mais fino dos três, e a narrativa é tão apressada, tão redundante, que parece que as autoras escreveram apenas para finalizar uma história totalmente sem pés nem cabeça, sem qualquer preocupação com coerência ou a necessidade de alguma surpresa. Aliás, a explicação para a perda da memória é inacreditável.
Eu pensei em várias coisas, mas nunca jamais (!) cheguei em algo tão imbecil quanto o apresentado. Se não quiser saber o que é, não leia o que vou escrever a seguir. Mas, sinceramente, se fosse você leria, porque assim economiza um dinheiro que pode gastar com algo melhor.
Eles perdem a memória porque são almas gêmeas que precisam se amar. Para interromperam os lapsos, basta se reconciliarem e formarem uma vida a dois. Sim, eles perdem a memória a cada exatas 48 horas, porque brigaram e pararam de namorar. Eu nem vou dizer que fiquei com cara de otário, porque eu comprei os três livros consciente de que dificilmente encontraria algo bem escrito. Comprei para ler e confirmar como Colleen Hoover é limitada e péssima escritora em qualquer gênero que resolva se aventurar. E compreendi o significado do livro: nunca jamais compre!
Se queimasse dinheiro, teria menos arrependimento.
De qualquer forma, se você quiser conferir e tiver sorte, ou azar, pode ganhar os três exemplares de NUNCA JAMAIS, basta comentar a resenha e preencher o formulário de participação abaixo para concorrer aos três volumes.
REGRAS
UM: Preencher o formulário de participaçăo, sendo que existem entradas obrigatórias, que valem um ponto cada uma, entradas opcionais, que valem cinco pontos cada uma, e uma entrada diária opcional, que vale cinco pontos a cada dia que vocę a fizer. Quantos mais pontos vocę somar, mais chances tem de ser sorteado;
DOIS: Deixar um comentário neste post;
TRĘS: O ganhador precisa ter endereço no Brasil para receber o pręmio;
QUATRO: Após 04/06/2019, será feito o sorteio pelo formulário de participaçăo;
CINCO: O pręmio será enviado em até 30 dias úteis, após divulgado o resultado. O blog năo se responsabiliza por extravios, danos ou roubos do pręmio enviado;
SEIS: O ganhador(a) terá 48 horas para responder ao e-mail de solicitaçăo do endereço. Caso năo responda nesse prazo, será desclassificado(a) e um novo nome será sorteado;
SETE: O blog GRAMATURA ALTA se reserva o direito de dirimir questőes năo previstas nestas regras.
GANHADORA
Elidiane Lima (@elidiane_al)
AVALIAÇAO:
AUTORA: Colleen HOOVER nasceu 11 de dezembro de 1979, em Sulphur Springs, Texas. Ela cresceu em Saltillo, Texas, e formou-se a partir de Saltillo High School, em 1998. Em 2000, ela se casou com Heath Hoover, com quem ela já tem três filhos e um porco chamado Sailor. Colleen se formou na Texas A&M University-Commerce com uma licenciatura em Serviço Social. Ela trabalhou com vários projetos de ação social e de ensino, até começar sua carreira como escritora. Tarryn FISHER é autora best-seller do The New York Times. É cofundadora de um blog de moda e coautora de uma série com Colleen Hoover. Tarryn reside na área de Seattle com sua família. Ela adora dias chuvosos, Coca-Cola, café e sarcasmo, e acha que o Instagram é o novo Facebook.
TRADUÇAO: Priscila CATÃO
EDITORA: Galera
PUBLICAÇAO: 2016, 2017 e 2019
PÁGINAS: 192, 190 e 144
COMPRAR: Volume 1, Volume 2 e Volume 3
Bem… nem sei por onde começar…. curto os livros da Colleen, nunca li nada da Tarryn.
Porém só de ler a resenha já fiquei com ranço da Charlie. Muito chata e mesmo que amadureça nos demais livros continua chata.
Essa história de perder diariamente a memória não curti muito não.
Que resenha! rsrsrsrs
O melhor e mais gostoso aqui do blog é isso, sinceridade!Aliás, acho que esta é a palavra chave de tudo feito aqui. Por isso, funciona!!!
Já li algumas obras da Colleen, mas confesso que não conheço as letras da Fisher(preciso fazer isso),mas não sei em que planeta vivo que somente esta semana dei de cara com o primeiro livro desta trilogia(e oh, a resenha era até agradável)
Mas juro que não sabia nem do que se tratava e pelo que li acima, nem as duas autoras sabem exatamente do que se trata.
Como pode ser que eu seja a azarada(ou sortuda) que posso levar e os três volumes para casa, não precisarei queimar dindin e com certeza, vou arriscar!rs
Beijo
Amo a sinceridade de vocês aqui. É um dos únicos blogs nos quais confio, pois opinam e mostram pontos reais para provar porque opinam a favor ou contra. Estão sempre de parabéns.
Eu li essa Trilogia duas vezes: a primeira quando era mais nova e a segunda recentemente. Lembro que gostei na primeira. E eu gosto do estilo de escrita de ambas autoras, mas, eu tive a mesma sensação quanto a Charlie quando li há pouco. Ela é uma pessoa diferente a cada livro, e me irritou bastante, confesso. Na primeira vez, pensei que fosse porque ela literalmente não sabe quem é, mas não faz muito sentido, visto que Silas tem a mesma essência nos três livros e, ao meu ver, foi o único que se esforçou para descobrir o que aconteceu, enquanto Charlie foi apenas mimada e egoísta.
Realmente esperava muito mais no final. O último livro foi muito corrido, vago e tão absurdo que me deixou descrente e confusa. Muita enrolação. Esperava algo muito maior envolvido. Acho que, para quem pretende ler, tem que fazê-lo com as expectativas baixíssimas. Participarei do sorteio, no entanto, não há como remover os aspectos negativos, mas ainda gosto um pouco da história rs
Entendo kkkkk O primeiro livro, dos três, é o menos ruim.
Oi, Carl
Gosto muito de ler suas resenhas, sempre sinceras, amo a sinceridade.
Minha única experiência com Hoover foi com o livro É Assim Que Acaba, que gostei e Tarryn li apenas o livro Stalker que não gostei tanto assim, (não gostei do final do livro, mas é meu gosto né), porém recomendo o livro.
Não sabia que Nunca Jamais é uma trilogia. Estarei participando do sorteio se ganhar não vou queimar dindin e poder conhecer um pouco mais da escrita das duas autoras e ter minha opinião a respeito.
Beijos
O sorteio é para isso mesmo kkkk
Chega a ser engraçado essa história de perder a memória pq são almas gêmeas… Teria ficado mais bonito se as autoras usassem de base a história do filme “Como se fosse a primeira vez” (se elas soubessem usar né?!).
É triste saber que no último livro as coisas são deixadas de lado e a narrativa é tão apressada. Elas podiam ter melhorado a história com um terceiro livro adequado, pq tenho certeza que capacidade não falta…
Não tenho tanta certeza sobre isso da capacidade não falta kkkkkkkk
CARL!
O que acho mais interessante nessas trilogias é que um plot sensacional como esse landce do esquecimento, se transforma em algo tão… sei lá, sem sentido, sem nexo.
O porque de participar do sorteio é que apesar de achar a trilogia não tão boa, fiquei curiosa em saber que final mais sem pé nem cabeça é esse que deram.
Participo e sairá divulgação no blog.
Rudynalva Correia Soares
rudynalva@yahoo.com.br
cheirinhos
Rudy
BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!
Boa sorte no sorteio e na leitura!
Olá! Mas menino, o que eu acho mais engraçado ainda, é ver e ler muita coisa positiva em relação a essa história, tudo bem que gosto não se discute, mas pontuar alguns (pelo visto muitos) pontos negativos em relação ao livro e seus personagens é acima de tudo ser coerente. Sem falar na demora em os livros serem lançados aqui no Brasil, lembro que depois que li o primeiro precisava desesperadamente do próximo (o que não foi possível!). Resultado: acabei desistindo da série, e depois dessa resenha não sei se darei uma nova chance à história, afinal a lista de leitura é imensa e meu tempo precioso.
Como você escreveu, não se trata de gosto, de mais pontos mal escritos mesmo. Passe longe dessa bomba!
Oi, Carl!
É mesmo sem sentido a atitude de Charlie e Silas, esconder a perda da memória das pessoas e nem mesmo procurar um médico para receber ajuda… E achei essa falta de consistência na personalidade da Charlie algo bastante negativa.
Mas pretendo ler essa trilogia, apesar de não ter uma experiência positiva em relação a histórias escritas por mais de uma pessoa, estou super curiosa para descobrir o motivo da perda de memória deles – por isso não li toda a sua resenha para não pegar spoiler…
E é claro que irei participar do sorteio e torcer bastante!
Boa sorte…ou não.
Estou bem curiosa a respeito dessa trilogia. Uns dizem que é boa, outros nem tanto…
Mas gosto da escrita de ambas autoras e espero curtir essa loucurinha delas.
Peguei o terceiro livro na mão esses dias e fiquei chocada por ser tão curtinho, achei um cumulo lançarem assim, mas fazer o que né!
Espero ler em breve! Quem sabe o resultado do sorteio não seja a meu favor? haha
Beijos,
Caroline Garcia
caarol.garcia@hotmail.com
Ela é ruim mesmo! kkkk
Eu ainda não li os livros, mas eu gosto bastante da escrita da Tarryn, fiquei curiosa com a sua resenha e quero tirar as minhas próprias conclusões da história. Espero não me decepcionar, já que não tenho uma boa experiência com a Colleen.
Um beijo.
Vai se decepcionar kkkk
Ainda não li nada da Taryn, mas tenho bastante curiosidade. Quanto a Colleen eu apenas li a trilogia Métrica e fiquei meio que entre amor e ódio, mas tenho visto bastantes resenhas falando que a autora tem pego pesado nos assuntos em alguns livros e que acabam perdendo todo do sentido.
Acho que eu iria me decepcionar um pouco com a trama, pois achei bem nada a haver essa explicação da perda da memória, mas mesmo assim eu gosto de ler para tirar minhas próprias conclusões.
beijos
Acho que iria se decepcionar demais, ainda depois de pagar quase 40,00 por cada um kkk
Já li muito a respeito dessa trilogia e nem sei o que pensar, uns gostam e outros odeiam, os livros da Colleen eu gosto quase que na totalidade só não sei o que me aguarda desses, só me resta saber lendo.
Te aguarda tristeza…
Eita, mais um livro da CoHo que não deu certo, né?! Como só li um livro da autora, não tenho muito o que falar de sua escrita . A outra autora não conheço, mas só por você ter falado que as partes boas provavelmente foi ela que escreveu queria poder conhecer-lá só por causa disso kkkkkk. O ruim é que essa história tinha tudo para ser boa se fosse escrita de maneira certa, uma pena ter dado errado :/
Verdade, tinha tudo para ser uma ótima história. Pena que foi para mãos pouco competentes…
Gosto bastante do primeiro livro mas nunca cheguei a ler a trilogia completa. A autora e uma das mais aclamadas do genero e toda vez que releio Metrica eu concordo com isso
Poxa, uma pena quando um livro nos “decepciona” Mas eu acho que vale a pena ler, afinal um livro que não foi bom pra vc pode ser bom pra outra pessoa né, mas enfim, eu vou tentar ganhar no sorteio, vai que tenho sorte ou azar como vc disse… rsrs