Que eu sou apaixonada por ler, isso não é segredo; mas como muitos podem ver, o meu forte é romance, seja ele: clichê, YA, NA, drama – sou uma romântica incurável, isso é um fato. Mas nos últimos tempos, tenho lido alguns livros que mexeram muito comigo, com meu lado sentimental, seja por um tema real e doloroso, seja pela mensagem que o livro deixa para nossa vida. Ler para fugir da realidade não é lá uma coisa que ando fazendo com frequência, quantos livros não li no decorrer de 2018 que retrataram assuntos que são frequentes e até mesmo “comuns” em nosso dia a dia, mas que todos tendem a fechar os olhos para tal? Violência doméstica, abuso físico e psicológico; suicídio, bullying e doenças mentais (essas que são tão comuns, mas tão ignoradas e que acabam fazendo as pessoas que possuem tal se sentirem inferiores). E com isso em mente, decidi trazer para vocês indicação de alguns livros que me emocionaram, tiveram um impacto em minha vida e que me fez olhar para o mundo e até mesmo para vida com outra perspectiva.


AMIGOS PARA A VIDA, DE ANDREW NORRIS: Sabe aquele livro fofo, com uma capa fofa e que você sabe que vai amar? É esse, porém eu quero dar uma ênfase de que esse livro vai muito além do clássico mais um livro, ele é lindo, realista, verdadeiro, único. Como temas principais, nos deparamos com bullying e suicídio ( hoje conhecido como bullycídio – quando uma comete suicídio tendo como fator desencadeante principal o bullying). Nesse livro, acompanharemos a história de Francis, um jovem que aos olhos de todos é considerado esquisuto, diferente e tudo isso porque ama moda e consequentemente ama costurar; mais ai vem a questão: por conta disso ele merece receber todas as piadinhas de mal gosto? Criticas? Olhares tortos de todos? Isso mexe fundo com a mente de uma criança, ela pensa que às vezes o caminho mais fácil para não ter que aguentar isso é o suicídio e com isso acabam perdendo o amor na vida. Esse livro é uma leitura necessária, emocionante e que nos faz pensar e refletir sobre a vida, sobre o quanto o bullying acarreta em consequências por vezes fatais para a vítima.
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Quando o sol brilhava, você mal lembrava as nuvens, mas, quando estava no Fundo, era difícil acreditar que o brilho do sol um dia existira.

UM ROMANCE QUASE DE CINEMA, DE MIA KLEIN: Sabe aquele livro que pelo título você imagina o maior clichê? Aquele livro fofo, leve e divertido? Pois bem, em partes ele é, mas não se enganem: a obra aborda o tema violência doméstica e traumas desencadeados pelo mesmo. Quantas vezes não nos deparamos com um cara e pela primeira vista idealizamos um príncipe encantado? O amor de nossa vida, ainda mais quando essa pessoa tem tudo em comum com a gente? E aqui, somos inseridos na história onde nossa protagonista – Michele – ela se apaixona por um cara que no pior momento de sua vida encontrou aquele que se mostrou seu salvador, sua âncora, seu defensor; mas com a passar do tempo a verdadeira personalidade vem se mostrando: ciúmes excessivo, começa a jogar a culpa em tudo que da errado na mulher, gritos, xingos, abusos psicológicos e por fim o físico; é como se fosse uma cascata onde tudo segue um passo a passo e a justificativa de sempre: fez isso por amor. Quantas mulheres não sofrem caladas esses abusos? Ou não abandonam seus parceiros por medo ou por vezes amor, com a esperança de que tudo mude? Em Um Romance Quase de Cinema, me deparei com uma protagonista quebrada, humilhada; mas que teve força para sair de tal relacionamento, que buscou sua independência e que aos poucos foi superando todo o trauma vivido para se entregar ao verdadeiro amor e isso me fez pensar: mesmo estando quebradas, podemos superar e quando estivermos prontas podemos voltar a viver e a amar; mas no fundo tal trauma sempre estará lá, para nos lembrar, nos fazer refletir que nunca é saudável se apaixonar pela imagem que idealizamos de uma pessoa e que por mais que digamos conhecer alguém, a verdade é que nunca, nunca conhecemos completamente e verdadeiramente alguém, para isso, precisamos de tempo e muito.
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Palavras como se, tivesse, fizesse, poderia… Elas nos deixam presos em um ciclo infinito. Não vale a pena pensar assim.

EU ESTIVE AQUI, DE GAYLE FORMAM: Sabe aquele livro que é uma leitura difícil, arrastada, densa e até mesmo pesada? Foi esse. Não esperava me deparar com um livro que mostrasse de maneira nua e crua com quanta facilidade uma pessoa abre mão da vida, afinal suicídio é sempre um tema que acho pesado e por vezes fico até desconfortável e mesmo assim segui com a leitura desse livro e no fim… bem, finalizei ele completamente devastada, arrasada, destroçada; afinal quando você vê a pessoa no fundo do poço e vê outra incentivando você a seguir em frente com tal atrocidade é impactante. Eu fiquei por dias pensando: como existem pessoas que incentivam isso? Como tem essa coragem? Essa pessoa será que não tem alguém que ama e que poderia acha outra que pudesse vir a fazer o mesmo? Questões onde mescla religião: afinal é um ato imperdoável e até mesmo condenatório para a alma e temos também a questão leiga: é um fim rápido, fácil. Mas e o estrago que tal decisão estará causando na família da pessoa? São tantas questões que ficam rodando em minha mente quando me lembro que é impossível não colocar esse livro com um dos que mais marcaram, mudaram e impactaram minha vida de alguma maneira.
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Enfim, esses são alguns dos diversos livros que me fizeram refletir sobre infinitos pontos da vida, que mexeram comigo e se tornaram leituras inesquecíveis na minha vida de leitora. E vocês, tem algum livro que vieram a impactar e marcar sua vida?