A Mansão Biltmore é conhecida como a maior casa particular dos Estados Unidos. Sua construção levou seis anos para ser concluída, o que aconteceu em 1895. O dono era o empresário George Vanderbilt, que não teve muito tempo para apreciar sua obra, uma vez que veio a falecer em 1915. Os herdeiros moraram na mansão por alguns anos, até que venderam grande parte da propriedade para o Serviço Florestal, e em 1930 abriram a mansão ao público, principalmente devido à Grande Depressão. Biltmore tem 35 quartos, 43 banheiros e 65 lareiras. Hoje além de servir como ponto turístico, possui restaurantes e alojamentos.
SERAFINA E A CAPA PRETA se passa nessa mansão, na época após sua construção, quando os Vanderbilt ainda eram uma família completa e moravam na propriedade. Serafina é uma garotinha de 12 anos de idade, que vive com o pai nos porões da mansão, sem que os donos ou os funcionários dos andares superiores saibam. O pai de Serafina é uma espécie de zelador, que faz tudo, até mesmo consertar algumas máquinas, como aquecedores. Já Serafina passa as noites andando pelos infinitos corredores, e pela biblioteca onde se perde nos livros e de onde ganha seu aprendizado. Ah, ela também é a Caçadora Oficial de Ratos.
Certa noite, enquanto anda pelos corredores, Serafina vê uma garotinha, filha de um dos hóspedes ricos dos Vanderbilt, ser sequestrada por um assustador homem que veste uma capa preta. O homem até tenta agarrar Serafina, mas ninguém conhece melhor a mansão do que ela, e Serafina consegue escapar. E na noite seguinte, outra criança é levada, e pelo mesmo homem. Então Serafina decide que precisa fazer algo para impedir que os sequestros persistam, uma vez que os Vanderbilt e a polícia não conseguem descobrir nenhuma pista.
Nessa jornada, Serafina conhece o jovem Braeden, sobrinho dos Vanderbilt, também de 12 anos. Ele acredita na história de Serafina, e juntam forças para conseguirem parar o homem da capa preta e salvarem as crianças sequestradas. Só que os acontecimentos conduzem os dois para a floresta que rodeia a propriedade, um lugar cheio de lendas e de perigos. E onde também reside a verdade do passado de Serafina.
SERAFINA E A CAPA PRETA é um livro delicioso de ler. Embora seja uma história mais juvenil, a narrativa não o é. Serafina é uma menina apaixonante, corajosa, destemida, inteligente, atrevida, cheia de energia, com uma vivacidade que contagia. Pouco sabemos de quem ela é no início da história, acreditamos que é apenas uma filha de uma homem que não teve muita sorte na vida. Mas descobrimos que a história do passado de Serafina é muito maior, mais complexa e surpreendente do que poderíamos imaginar.
Braeden é o parceiro perfeito da menina. Ele é aquele menino fiel que é capaz de fazer qualquer coisa para ajudar a amiga. Mais do que ajudar, ele quer tirar Serafina do porão, torná-la conhecida pelos Vanderbilt, mostrar como ela é inteligente e capaz. Bem como o pai de Serafina. Serafina e Braeden formam uma dupla adorável. Eu me vi torcendo pelos dois como se os conhecesse. E essa é a maior conquista do livro, ter personagens tão reais, que fica fácil ganhar empatia por eles.
E o vilão? Bem, o tal homem da capa preta se mostra muito mais perigoso e mortal do que demonstrava no início. Os sequestros possuem um objetivo bem cruel, a capa preta é bem mais do que apenas uma vestimenta, e a magia, assim como algumas criaturas fantásticas, realmente rodeiam a Mansão Biltmore.
Eu já tinha visto SERAFINA E A CAPA PRETA várias vezes nas livrarias e no site da editora, mas sempre postergava a leitura. Que arrependimento. O livro foi uma grata surpresa. E já estou com a continuação engatilhada para ler. Se fosse você, não perdia a leitura. Vai amar!
AUTOR: Robert BEATTY
TRADUÇÃO: Maria CARMELITA
EDITORA: Valentina
PUBLICAÇÃO: 2018
PÁGINAS: 240
COMPRAR: Amazon
Se minha memória ruim não estiver ainda pior que o habitual, eu conheci esse livro por conta do blog rs há um tempinho!
Namoro ele faz tempo, ao menos disso eu tenho certeza!
Não apenas por trazer uma menina tão corajosa e determinada, mas pela amizade com o garoto e o fato do pai viver ali, no porão quase que anônimo.
Com certeza é um livro que sonho em ler!
Beijo