Se tem uma autora que realmente abraça a causa LGBT, essa é Cassandra Clare. Seus livros sempre tem algum personagem da sigla e ela sempre insere muita representatividade para essas minorias. E o melhor disso tudo é que são personagens incríveis em histórias voltada para jovens. Nada melhor do que educar sobre igualdade e respeito desde a juventude. Aqui eu trouxe alguns personagens incríveis que a autora desenvolveu ao longo de sua grande obra, vem que você vai amar eles com certeza!
Dentre vários seres mágicos e incríveis que a autora desenvolveu em sua obra, as fadas se destacam graças a várias singularidades. A primeira é que as fadas não podem mentir, elas não conseguem, só falam a verdade e, às vezes, isso quer dizer uma verdade em forma de enigma, mascarada e até mesmo incompensável, mas ainda assim uma verdade. A outra é que as fadas se apaixonam por pessoas, por personalidades, não por gêneros, sendo assim no livro elas são bissexuais. E dentre os personagens principais, temos Julian Blackthorn. Meio humano e meio fada, o jovem infelizmente viveu uma história trágica durante maior parte da sua vida. Ao final da guerra sangrenta, onde deus pais foram mortos e sua família dividida, ele teve que se aliar a um grupo de guerreiros e lá ele passou por diversos tipos de tortura, tanto física como psicológica.
Ele conheceu um outro prisioneiro, membro do grupo chamado Kieran, e juntos eles encontram apoio um no outro. O que começou com uma amizade, culmina num romance extremamente puro e singelo que alivia um pouco a dor que ambos sentem todos os dias. Os personagens são peça central na saga ARTIFÍCIO DAS TREVAS e em especial no primeiro livro DAMA DA MEIA-NOITE suas desventuras se entrelaça com diversos personagens. O bacana é se notar que são personagens machucados que fizeram do amor uma válvula de escape. Mas a realidade vem a tona e o preconceito também, a luta deles para se aceitar primeiramente é muito real e representativa.
Também no livro DAMA DA MEIA-NOITE, temos uma personagem transexual que tem uma posição de poder e infelizmente precisa esconder quem ela é de verdade para evitar perder tudo o que tem. Não vou revelar seu nome, porque fazer essa descoberta é uma das coisas mais bonitas do livro. Mas a história de vida dessa personagem é muito bem desenvolvida e um exemplo sensacional de representatividade, pois a personagem é dona de si, poderosa, carinhosa e tem uma vontade enorme de se relevar para o mundo, mas infelizmente ela sabe os riscos e prefere se retrair. E como tudo que é bom, pode melhorar, a autora insere um romance na trama da forma que um deveria acontecer no mundo real, entre uma pessoa transexual e outra cisgênero, aquela que se reconhece com o gênero de nascimento. Tudo é muito bonito e real, chega de tristeza e desgraça nas histórias com personagens assim, eles também merecem um caminho bonito e um desfecho emocionantes e felizmente temos tudo isso na trama.
E por último temos o casal LGBT mais conhecido de toda a obra da autora. Alec e Magnus traçam um caminho muito turbulento e cheio de questionamentos. Os personagens são peça central nos livros da saga Instrumentos Mortais, seu relacionamento começou lá, com direito à primeira troca de olhares, o primeiro frio na barriga e também o primeiro beijo. Esse casal é um daqueles que a gente dá um sorriso toda a vez que aparece, pois eles cresceram juntos e se tornaram exemplo para muitos. Alec é um humano que sempre se sentiu diferente, mas não conseguia entender a profundidade de seus sentimentos. Já Magnus, um feiticeiro imortal que já viveu séculos tem em seu currículo pessoal uma série de amores tórridos que não o fizeram se encontrar consigo mesmo. É com Alec que ele entende o que é o que sente, sabendo muito bem a onde quer chegar. São personagens incríveis, carismáticos e extremamente poderosos. Existe representatividade melhor para um jovem gay que na juventude se acha a pior pessoa do mundo?
O casal aparece em diversas obras da autora, mas agora eles tem uma saga para chamar de sua. A série AS MALDIÇÕES ANCESTRAIS se passa bem no meio dos eventos de Instrumentos Mortais e acompanha o casal numa viagem romântica que tinha o objetivo de fortalecer ainda mais o afeto entre ambos. Porém um mal surge envolvendo Maguns que precisa resolver esse mistério o mais rápido possível. O excelente primeiro volume saiu em 2019 e é repleto de ação, carisma e até mesmo humor. O LIVRO BRANCO PERDIDO já está em pré-venda e promete abrir ainda mais esse leque de problemas que o casal precisa resolver. Sabemos que tudo vai dar certo e eles vão voltar da viagem bem, mas ainda sim a autora consegue deixar o leitor com os nervos a flor da pele.
Esses são apenas alguns exemplos de personagens LGBT nas obras da autora, existem vários outros tão incríveis quanto, incluindo um casal de garotas que também entregam muita ação, carisma e romance. Ir descobrindo cada um deles nos garante uma jornada muito gostosa e satisfatória, recomendo demais!
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Tão gratificante ler um post assim. Mesmo conhecendo quase nada das obras de Cassandra, a gente precisa de representatividade sempre, a todo tempo e nada melhor que obras e personagens assim!
Enquanto alguns autores, atores, diretores e afins tentam “boicotar” suas obras, há os que seguem o rumo inverso e isso encoraja para todos nós, tomemos uma bandeira pelo amor e pelo respeito!
Amei e sim, quero ainda a oportunidade de conhecer os personagens!
Beijo
Olá, amo muito essa autora por fazer casais gays tão bons e tão igualmente importante e bem feitos quanto os casais héteros, infelizmente nem toda obra é assim, algumas até tem casal gay, mas sempre ficam muito apagados e só ficam ali de enfeite :/ Espero que mais autoras como a Cassandra surja no mercado. Parabéns pelo post.
E só um adentro, o primeiro casal é Mark e Kieran, Mark e não Julian, o Julian do livro é hétero e faz par romântico com a Emma!
Mau posso esperar pelo meu livro O Livro Branco Perdido que comprei estou esperando chegar.
Isso não é “representatividade”. Isso se chama “SINALIZAÇÃO DE VIRTUDE”. Nenhum desses escritores, marcas de produto, atores de Hollywood ou coisa que o valha, realmente se importa com as tais “minorias”. Eles só estão fingindo que ligam muito pra nós pra tirar o deles da reta e não arrumarem pra cabeça. Eu não me lembro de nenhuma lei que me protegesse de apanhar por ter cabelo crespo na escola, e apanhar em dobro pra proteger a minha irmã. Até eu começar a dar dinheiro pra marcas de comésticos e ter a ilusão de que alguém se importa. Nenhuma lei jamais deu respaldo à minha mãe pra que ela não fosse desrespeitada por ser a única médica negra do lugar.
Não sejam ingênuos. Vocês sabem como massacram as autoras que falam a verdade. As MULHERES que se posicionam.
Se é que vocês me entendem. Afinal, não deve ser muito difícil ser revolucionário de iPhone e de Twitter.