A nova produção original cinematográfica do Prime Vídeo se chama A QUÍMICA QUE HÁ ENTRE NÓS, um romance adolescente inspirado no livro de mesmo nome. O longa acompanha um jovem melancólico e sonhador, Henry, que nunca namorou e que quer muito entrar para a equipe do jornal estudantil. Do outro lado da trama, temos Grace, uma jovem que tem uma deficiência na perna, fruto de um acidente de carro. Ela carrega um grande trauma e praticamente não consegue se abrir com ninguém, então o que irá unir esses indivíduos?
Henry se interessa por Grace quase que de imediato e o menino não consegue mais ignorar a mesma. Ele pensa nela, tenta se comunicar com ela pela Internet e chega até mesmo a seguir a jovem para onde ela vai durante a escola e também depois. Eles acabam se aproximando e um pequeno afeto nasce dessa amizade, talvez mais forte para um deles do que para o outro. O filme segue esse entrosamento e faz disso sua principal trama, não existe praticamente coisas para se resolver. A interação entre Grace e Henry é o que teremos e isso acaba deixando o filme um pouco pobre demais.
A produção tenta se distanciar do gênero drama adolescente, que sempre traz dois personagens que se completam e uma grande reviravolta no final. Aqui não temos isso, o entrosamento do casal é tudo o que o filme parece querer desenvolver. Eles conversam bastante, pensam e refletem sobre suas vidas e as consequências dos seus atos. O garoto já estava meio que apaixonado por Grace, então para ele não querer algo a mais fica bem difícil. Já Grace parece querer outras coisas. Ela se retraiu a um ponto que lhe faz mal, o trauma que ela passou no acidente molda sua vida hoje em dia, então encontrar Henry e poder sorrir mais uma vez parece ser apenas um sonho, mas será que ela quer algo a mais?
Os dois personagens principais são desenvolvidos com bastante tempo e cuidado. Henry tem gostos peculiares e uma rotina monótona, mas ele quer mudar isso. As narrações do filme que simulam os pensamentos de Henry são interessantes e ricas. Sua paixão pela escrita é exacerbada ao extremo com o apoio de lendas da poesia e da escrita. Suas passagens mais famosas e impactantes estão presentes no filme e dão conteúdo para as cenas. Grace é uma personagem que precisamos conhecer e desvendar, suas dores são bem exemplificadas, mas faltou um cuidado maior ao mostrar quem é a verdadeira Grace. Ela não é só dor e trauma, merecia mais espaço para mostrar seus interesses e sonhos.
Os personagens coadjuvantes não conseguem se destacar, graças ao roteiro que não desenvolve bem nenhuma subtrama que tenta abrir. A direção constrói um filme agradável e que tem um ritmo bacana, mesmo não acontecendo basicamente nada, a experiência não chega a ser entediante. A trilha sonora é muito competente e a fotografia insere no filme uma personalidade muito bem-vinda, as cores são bonitas, as cenas bem filmadas e os contrastes entre elas, onde Henry está presente e Grace, não, são bem perceptíveis. Sobre a fidelidade com o material original, eu não posso opinar, pois não li o livro, mas como uma experiência solo, o filme é fraco, mas não é algo para se jogar fora. Fãs do gênero com certeza terão uma experiência um pouco melhor que a minha.
Conhecida por Riverdale, Lili Reinhart da vida a Grace. Seu desempenho é muito maduro e a atriz realmente se entrega à personagem. Ela também participou da produção do filme e no cinema tem mostrado boas escolhas de papel, como esse e ano passado também ao ter uma pequena participação no filme AS GOLPISTAS. Henry é vivido pelo ator Austin Abrams, da série EUFORIA, e do filme CIDADES DE PAPEL. Tudo o que o seu personagem pedia, o ator entregou, ele é bobinho, dedicado, peculiar, amoroso e é um bom ouvinte, impossível não se afeiçoar pelo seu personagem.
Eu não conhecia o livro original antes de ver o filme e o que me convidou a assistir essa obra foi seu poster belíssimo. Seja por esse motivo ou por qualquer outros, A QUÍMICA QUE HÁ ENTRE NÓS tem uma boa dupla de protagonistas, uma direção engenhosa e uma produção com um certo charme. Só faltou um roteiro com substância para dar uma encorpada. Não é ruim, mas também não é bom. Não será unanimidade, então já quero saber o que você vai achar desse filme quando assistir!
DIREÇÃO: Richard TANNE
DISTRIBUIÇÃO: Prime Vídeo
DURAÇÃO: 1 hora e 35 minutos
ELENCO: Lili REINHART, Austin ABRAMS
Então…
Eu vi o filme estes dias e como o terminei sem entender nadinha, tive que procurar informações e entendi um ponto crucial(não tem spoiler)
Mas quem leu o livro antes de ver o filme, consegue entender melhor o que há nas entrelinhas. Digamos que o final do filme é bem diferente do livro e isso sim, interfere na história.
Não é um filme para gente impaciente. Eu juro que pensei em desistir algumas vezes. Mas não é ruim rs
Beijo
A Química Que Há Entre Nós está na minha wishlist há um tempão. Ainda não consegui ler.
Como sempre acontece quando vejo um livro se tornando filme, fico empolgada pois o livro vai ganhar mais fama. E aquele sentimento de que vai mudar muita coisa.
Mas ao que me parece, o filme foi o mais fiel possível ao livro
Sempre quis fazer a leitura e depois assistir ao filme, tenho esse probleminha de precisar entender tudo que tá passando, e pra isso, na maioria das vezes, é essencial que a leitura seja feita primeiro né?! Porém, te confesso que tô meio desanimada com essas adaptações. Talvez demore mais um tempo pra eu assistir, ainda mais sabendo que não é nada excepcional.
Abraços
Não despertou muito o meu interesse não, parece ter muito mais do mesmo que sempre vemos por aí, talvez se eu vier a ler o livro em um futuro próximo desperte mais meu interesse. Assim que eu tiver um tempinho sobrando, tentarei assistir ao filme para ver o que acho.
Rafael!
Não li o livro e nem assisti o filme, mas acho interessante a dinâmica entre os personagens, suas dificuldades de socialização, principalmente na adolescência, como eles passam a se relacionar, mesmo com as dificuldades que ambos tem.
Deve ser um bom filme de entretenimento.
cheirinhos
Rudy
Olá! Não li o livro e nem pretendo assistir ao filme, não tenho muita paciência, pois já passei dessa fase faz um tempinho (risos)! E como tempo é algo escasso aqui para mim, prefiro usá-lo em algo que realmente valha a pena.