O nosso planeta, a querida Terra, é onde habitamos, onde até o momento é o único lugar no nosso universo onde existe vida, e será que estamos cuidando bem do nosso precioso lar? Em O ANTISSOCIAL, vamos acompanhar um futuro onde a Terra se tornou inabitável para os seres humanos, e isso é culpa nossa. A exploração desenfreada de recursos e do mar levou nosso planeta ao colapso, exterminando boa parte da população e fazendo todo o resto fugir em naves à procura de um novo lar nas estrelas.
Acompanhamos tudo pelos olhos de Alê, um jovem rapaz que é um dos habitantes dessa nave especial que vaga pelo universo à procura de um novo planeta. Vindo de uma família humilde, eles foram escolhidos para ir a bordo, pois o pai de Alê criou um método revolucionário envolvendo água e por ser tão inteligente, ele parte à frente de todos para uma missão perigosa e incerta. O povo da Terra se instala em Marte, porém os recursos estão acabando, eles provavelmente serão atacados em breve, pois ao sair da Terra, eles descobriram que a vida está presente em todo o universo. Porém, Alê tem dificuldades de se enturmar e achar o seu lugar. Tudo muda quando, ao entrar na hibernação obrigatória, Alê começa a ter sonhos com o seu pai e essa missão que ele está cumprindo. Mas ao acordar, Alê descobre que não eram sonhos e que de fato ele tem a habilidade de se comunicar através da mente com o seu pai e com uma misteriosa garota que se encontra numa enrascada.
Estamos aqui diante de um livro muito doido e criativo, onde muitas coisas acontecem e há muito para se conhecer. Logo nas primeiras páginas, nós somos apresentados ao estado do planeta Terra e acompanhamos a fuga, e as descrições não poderiam ser melhores. Mesmo se tratando de viagem espacial, planetas, dimensões e buracos negros, a trama é muito acessível e palpável para qualquer um, até mesmo quem se confunde quando o assunto é ciências. Mas tem momentos em que ela facilita até demais essa viagem interestelars e por parecer tudo tão fácil, o leitor acaba precisando de muita boa vontade para mergulhar nessa trama. O arco que envolve o dia-a-dia das pessoas em Marte, na missão de deixar o planeta habitável para terráqueos, é muito divertido e lembra bastante o filme PERDIDOS EM MARTE. No terceiro ato, a trama dá um giro de 360 e avança para novos rumos, eles não podem mais ficar em Marte, precisam procurar um novo planeta e também lidar com alguns seres que lhes querem fazer mal.
Essa mudança na trama é um pouco brusca e exige do leitor bastante boa vontade para se conectar novamente com as palavras. Tudo fica mais complexo e as explicações são cada vez mais escassas, é aquilo de você acreditar completamente no que está escrito, porque está escrito, mesmo que pareça bastante incoerente. O personagem principal, Alê, tem um pequeno grau de autismo, mas isso é pouco usado para sua própria desenvoltura. Conhecemos bem pouquinho de sua personalidade, pois acontece tanta coisa na trama, que faltou um pouco de tempo para seu desenvolvimento ser mais caprichado. O mesmo vale para os outros personagens, são legais, porém pouquíssimo se sabe sobre eles. O livro consegue muito bem desenvolver grupos, novas raças, novos planetas e conceitos que, para nós, não passam de sonhos, mas quando o assunto são personagens individuais, faltou umas páginas.
Se trata de um livro nacional que apresenta uma trama criativa e que flui extremamente bem, são duzentas páginas que passam voando. Conceitos como respeito à natureza, ao próximo e também sobre fé, estão presentes na leitura, enriquecendo bastante o texto. Uma coisa que ficou meio solta para mim é em relação ao título do livro, que, como leitor, não faz jus ao conteúdo presente. Não chega a ser um título ruim, tem um sentido, mas ele é tão pequeno que esse nome fica extremamente aleatório. Aparentemente terá uma continuação, e coisas para se resolver num próximo volume é o que não falta. Uma história trágica, criativa e muito interessante.
AVALIAÇAO:
AUTOR: Fernando AZEVEDO
EDITORA: Pendragon
PUBLICAÇAO: 2018
PÁGINAS: 210
COMPRAR: Amazon
Olá Rafael!
Considerando a atual situação no norte do país, obras como essas são excelentes para refletir sobre o futuro da humanidade frente à exploração antropológica que pode minguar de vez nossos recursos naturais.
Na primeira parte de O Antissocial o leitor consegue mergulhar facilmente nesse universo criado pelo autor, o problema é que com o avançar da leitura as coisas começam a ficar convenientes demais, sem contar que a escrita de Azevedo não é muito precisa no que se refere à descrição de algumas passagens. Mas espero que nos próximos volumes o autor tenha melhorado neste aspecto.
Beijos.
Exatamente, considerando o estado atual do nosso planeta e esse tanto de políticos que ignoram o meio ambiente, vai ficar difícil a gente ter um futuro próspero aqui na nossa Terra. Sinto que tudo que aqui não funcionou, facilmente poderia ser consertado numa possível continuação.
Adoro quando tem resenha de livro que ainda não conheço, melhor ainda se for literatura nacional e mesmo com alguns pontos negativos, de muita qualidade !!!
Lendo a resenha acima me veio além de Perdidos em Marte, uma série que amo de paixão, The 100. Por conta de naves, sobreviventes e planetas desconhecidos.
Pena isso da falta de aprofundamento nos personagens. Isso realmente é importante.
Mesmo assim, quero a oportunidade de conferir este primeiro livro!!!
Beijo
Sim, lembra muito Perdido em Marte, alias esse livro daria um filme muito bom, durante a leitura eu só conseguia imaginar que essas palavras dariam um bom espetáculo nas telonas.
Amo resenha de nacionais, que são os que menos leio por não encontrar boas resenhas e a sua foi ótima. Mas esse livro me remete muito ao filme “Depois da Terra” com Will Smith, o enredo é muito parecido salvo algumas excessões.
Nós ficamos tão atrelados aos clássicos nacionais que nos esquecemos que existem ótimos autores de todos os gêneros em nosso país.
Agradeço pelo resenha e concordo totalmente com as observações realizadas, de fato os personagens não foram muito explorados no volume 1, já adianto que no volume 2 eles também ainda não são tão explorados, os personagens somente ganham mais destaque de modo individual no terceiro volume, é provável que irei mudar algumas coisas na sequência e resenhas como essa é de extrema importância para saber o que devo seguir e o que devo tentar melhorar, novamente obrigado!
Em primeiro lugar parabéns por ter criado uma trama sólida e muito interessante. Em nenhum momento a leitura fica maçante e imagino que para o autor, isso já é um grande prêmio. Espero ter oportunidade de acompanhar novamente essa história nas continuações.
Olá! Engraçado pois talvez esse futuro não seja assim tão irreal assim, seria a vida imitando a arte? Achei o enredo bem interessante, ainda mais sabendo que a leitura vai ser mais fácil, principalmente para mim que não entendo muito desse mundo de naves e ciência o que torna a leitura ainda mais interessante.
A leitura é muito acessível, isso talvez é uma das coisas que mais amei neste livro, porque eu também não tenho tanto conhecimento nesse departamento e felizmente consegui mergulhar nessa trama e me entreter.
Fico feliz que a leitura foi agradável, e espero de fato o ter como leitor nas sequências do livro!
Talvez esse futuro onde o homem esgotou todos os recursos naturais através da exploração desenfreada não esteja, infelizmente, tão longe assim, vide a situação atual.
Ficção não é minha praia. Mas a premissa não me é muito estranha, visto que já vi alguns livros do gênero com esse viés.
O legal é conhecer mais um autor nacional!!
Além da leitura ser algo super atual, nem é tão imaginativa assim né, só a gente olhar o tanto de poluição na atmosfera, as queimadas na amazonia e tantas outras coisas horriveis que o homem faz com nosso planeta. Só Deus mesmo para nos ajudar.
Olá Rafael!
Mensagem da história é muito bem vinda, pois cada vez mais a perspectiva de ficar sem um planeta habitável nos assombra e isso é muito assustador. A trama parece bem bacana, salvo esse caráter misterioso que envolve os personagens. O título não me pareceu ter nenhuma relação com a história mas vou ter que verificar mais a fundo. Outro fato interessante é o personagem ser autista, algo que não vemos muito por aí é que merece ser discutido.
Beijos
A mensagem é muito poderosa, talvez seja a coisa que mais destaque o livro. Tem alguns deslizes sim, mas nada que prejudique a experiencia na leitura. Eu ainda continuo não gostando do título do livro, acho que poderia ser outra coisa, mas agora só resta aceitar né.
Eu fico encantada e muito feliz em ver que as obras nacionais estão cada vez melhores. Elas estão voltando com tudo para a rotina de leitura de muitas pessoas. Isso é muito bom.
Partindo para o livro, quando comecei a ler a resenha, também fiz esse link com Perdidos em Marte.
A história me chamou atenção, mas eu não consegui entender aonde esse título se encaixa rsrs
Fico imaginando o que será da humanidade quando os recursos acabarem? O ser humano quer ir para outro planeta fazer o que? Destruir assim como está fazendo com a Terra?
Livros assim nos fazem pensar um pouco sobre isso.
Bjos
Eu terminei a leitura muito reflexivo também e meio melancólico. Será que vamos fazer o que fazemos aqui em uma possível casa nova? um novo lar em um outro planeta? Algo assim parece muito ilusório para a gente né, mas com certeza é algo para se refletir.
Realmente não condiz muito o título, pois imaginava outra história só em lê o título rsrs. Mas só em 210 páginas e tanta informação assim, adoro histórias que contam o que pode ser do nosso futuro e pensar nisso assusta bastante. Mas achei a premissa do livro muito boa!!
Eu não curti muito o título, durante a leitura eu pensei em vários melhores. mas felizmente isso não atrapalha em nada a leitura. Realmente em 210 páginas o autor consegue criar uma realidade muito legal e interessante, muitos outros autores falharam em fazer o mesmo em mais páginas.
Oii Rafael 😉
Adorei a premissa do livro, e sua resenha!
Essa história tem ao mesmo tempo um plot futurista, mas que pelo que vemos hoje em dia pode não estar tão distante assim né? Grande parte dos seres humanos parou de entender que a natureza é a nossa sobrevivência.
Gostei que o autor focou nisso, e também abordou vários outros temais legais.
Acredito que tenha sido mesmo um livro curto para tanta informação, e se o autor vai fazer uma continuação que bom que ainda tem plots para serem construídos.
Eu também adorei a premissa, bem diferente do que estou acostumado a ler e acabou que a aposta foi muito certeira. O livro é curto e acaba deixando a leitura super rápida e ágil. Melhores desenvolvimentos talvez sejam melhores nas continuações mesmo, melhor do que ter apenas um livro solo gigante.
Bem criativo mesmo!
Gostei!
Adoro sobre livros que falam sobre a necessidade de sobrevivência da Terra, outros planetas, etc.
Esse parece ser cheio de surpresas e reviravoltas.
E o Alê parece bem legal.
Vou querer ler!
bjs
Descobri que adoro também esse tipo de livro especulativo, que imagina o pior que o futuro pode nos oferecer, fora que o livro é super acessível e mesmo tratando de temas complexos, a leitura é acessível para qualquer um. Uma grata surpresa e mais legal ainda saber que é um ótimo livro nacional.
Oi, Rafael
Gosto muito quando venho ao blog e conheço mais um autor nacional.
Uma trama bem interessante com um personagem que pode ter acesso ao pai e uma menina que precisa dele, esperava que essa parte do autismo fosse um pouco mais explorada, mesmo que o grau do personagem seja leve.
Estou muito curiosa para saber mais, se é uma série e bem que poderia virar quem sabe um filme.
Beijos
Eu também adorei conhecer mais dessa trama tão interessante e rica, melhor ainda por ser algo nacional.
Oi, Rafael!!
Gostei da indicação é acho bem interessante a premissa do livro por mais doida que seja a história!! Adorei a indicação desse livro nacional.
Bjs
Bem doida a trama né. Tem vários conceitos interessantes e um universo super criativo, mais legal ainda por ser um livro nacional. Merece muito a nossa atenção.