Ava está de saco cheio dessa história de procurar namorado em aplicativos de encontros. Na verdade, ela nunca gostou muito disso… sempre preferiu um encontro cara a cara e seguir a própria intuição a confiar em algoritmos que prometem o par ideal.

Depois de um término recente, ela decide não pensar em homens por um tempo e parte para um retiro de escrita na Itália na qual todos os participantes são proibidos de revelar sua verdadeira identidade ou dar qualquer detalhe de sua vida pessoal. Eles não podem nem sequer usar celular, o que para ela é um desafio, já que o grupo de Whatsapp com suas três melhores amigas não para. Além disso, ela precisa ter notícias de seu cachorrinho, que ficou com uma delas. Então, sem contato com o mundo exterior, Ava pretende se concentrar única e exclusivamente no livro que está escrevendo.

Isso até ela conhecer alguém que acha interessante. Tudo o que Ava sabe sobre o cara que se autodenomina Holandês é que ele é divertido e gente boa. Os dias passam como em um sonho; tudo é perfeito, o céu está sempre azul e ensolarado, a comida é deliciosa, as tardes são inesquecíveis… mas chega o dia de voltar para a realidade.

De volta a Londres, Ava finalmente descobre que o cara por quem já está caidinha se chama Matt. E, à medida que o universo de faz de conta dá lugar ao mundo real, eles vão entendendo que o universo de ambos é bem diferente. Os dois estão completamente apaixonados um pelo outro, porém, em pouco tempo, fica óbvio que eles não são lá tão compatíveis como haviam imaginado… Por mais que se amem, simplesmente não conseguem se adequar à rotina um do outro. Será que Ava e Matt são capazes de superar suas diferenças e viver uma vida juntos?

AMAR É RELATIVO é uma história otimista, engraçada, inteligente, que traz aquela fórmula de encontros e desencontros entre dois personagens, até que eles finalmente conseguem se ajustar, ou talvez não. Ava e Matt são bem desenvolvidos, que se metem em situações inadequadas, rodeados por personagens secundários que dão o toque final à trama.

Ava e Matt são aquelas pessoas solteiras que possuem vidas completamente cheias de coisas que acham que importam mais do que qualquer relação. Numa relação a dois, é necessário abrir mão de algumas preferências, e o segredo do sucesso é exatamente equilibrar essas escolhas, para que uma pessoa não precise abrir mão de mais coisas do que a outra. Obviamente, Ava e Matt agem e reagem de maneiras diferentes.

AMAR É RELATIVO possui alguns problemas de construção comuns em livros do gênero, como a protagonista que se apaixona rápido demais, personagens fisicamente perfeitos, atitudes machistas e pretensiosas do personagem masculino que são toleradas como algo normal, entre outros detalhes que, não sei bem o motivo, são toleradas por quem lê ou consideradas normais por serem um reflexo da realidade ao invés de cobrarem por mudanças que poderiam, exatamente, mudar a forma de pensar das pessoas reais.

Enfim, AMAR É RELATIVO, tirando essas partes comuns a tantos outros livros, deve agradar a quem gosta de um romance leve com algumas tiradas engraçadas. Boa leitura!


AUTORA: Sophie KINSELLA
TRADUÇÃO: Carolina SIMMER
EDITORA: Record
PUBLICAÇÃO: 2021
PÁGINAS: 392


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